Caritas afirma que a paz não pode ser alcançada sem o corajoso ato de colocar a pessoa e a condição humana acima de qualquer outro interesse pessoal
Da redação, com Caritas internacional
O Dia Internacional da Paz, celebrado nesta segunda-feira, 21, é uma ocasião importante para que a humanidade defenda a paz como valor único e expresse seu compromisso incondicional contra a guerra, acima de todas as diferenças.
Este é o apelo da Caritas Internacional, organização caritativa vaticana, em uma mensagem divulgada por ocasião desta celebração, instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 30 de novembro de 1981.
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Recordando a afirmação do Papa Francisco na mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano: “toda guerra é uma forma de fratricídio que destrói o projeto de fraternidade, inscrito na vocação da família humana”, a Caritas diz acreditar na paz como uma cultura que deve ser nutrida, compartilhada e vivida em todos os níveis da sociedade, desde as comunidades locais até o nível político.
A organização destaca que, infelizmente, a humanidade continua a testemunhar milhões de pessoas vivendo em condições terríveis, devido às guerras e à violência.
“Milhões de pessoas morrem por falta de paz, por conflitos e tensões cujas causas se encontram no egoísmo, na ganância, na corrupção, na discriminação religiosa, étnica e também na exploração ilegal dos recursos naturais. A memória do passado deve levar-nos a uma conversão e a aspirar a um mundo onde a paz e a harmonia contribuam para o desenvolvimento humano integral”, aponta.
Apelos
Diante disso, a Caritas reitera seu apelo pelo fim da guerra e a violência em todo o mundo, especialmente no Oriente Médio, e pela promoção do diálogo para encontrar uma solução política a todos os problemas.
A organização pede ainda a eliminação das sanções econômicas contra a Síria, por ser evidente que elas não ajudam a promover a paz, mas agravam os conflitos. Segundo ela, o levantamento das sanções também pode encorajar os líderes políticos a sentar-se e negociar a paz.
O documento também pede que se faça todo o possível para implementar qualquer iniciativa viável para levar à paz, em zonas de conflitos, criando oportunidades de educação e emprego, principalmente aos mais jovens, que correm o risco de serem recrutados por grupos armados e milícias.
Por fim, a Caritas pede que sejam apoiados os esforços de líderes religiosos e das comunidades religiosas dedicadas a promover o diálogo inter-religioso.
A pessoa acima de tudo
Com a realidade da pandemia, que revelou a fragilidade e vulnerabilidade da existência humana e reuniu a humanidade, em solidariedade, para combater o vírus, a Caritas afirma que “devemos permanecer unidos no combate a todas as formas de divisão e tentação de odiar”.
E enfatiza que a paz não pode ser alcançada sem o corajoso e desinteressado ato de colocar a pessoa e a condição humana acima de qualquer outro interesse pessoal.