No Ângelus deste domingo, 1º, Francisco afirmou: “A liturgia nos conduz a celebrar o Natal de Jesus, enquanto nos lembra que Ele vem todos os dias na nossa vida”
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco realizou neste domingo, 1º, a sua tradicional reflexão que antecede a Oração Mariana do Angelus. O Pontífice falou aos milhares de peregrinos presentes na Praça São Pedro para o inicio do Advento e do novo Ano Litúrgico. “A liturgia nos conduz a celebrar o Natal de Jesus, enquanto nos lembra que Ele vem todos os dias na nossa vida e retornará gloriosamente no final dos tempos. Esta certeza nos induz a olhar com confiança para o futuro”, exortou.
Ao convidar a seguir o profeta Isaias, que acompanha liturgicamente os fiéis católicos durante todo o caminho do Advento com “uma estupenda teologia da história”, o Papa disse que todos são chamados a ter essa visão de fé e de esperança no percurso diário da vida, assumindo inclusive “uma atitude de peregrinação, de caminho rumo a Cristo, sentido e fim da história”.
“Quantos têm fome e sede de justiça e só podem encontrá-la percorrendo as vias do Senhor; enquanto o mal e o pecado provêm do fato de que os indivíduos e os grupos sociais preferem seguir caminhos ditados por interesses egoístas, que provocam conflitos e guerras. Ao invés, se cada um buscasse, com a guia do Senhor, o caminho do bem, então no mundo existiria mais harmonia e concórdia. O Advento é o tempo propício para acolher a vinda de Jesus, que vem como mensageiro de paz para nos indicar as vias de Deus”.
No Evangelho de hoje, a exortação também é um convite para homens e mulheres estarem prontos e vigilantes para a vinda de Jesus: “ Vigiar não significa ter materialmente os olhos abertos, mas ter o coração livre e voltado para a direção justa, isto é, disposto à doação e ao serviço. O sono do qual devemos nos despertar é constituído pela indiferença, pela vaidade, pela incapacidade de instaurar relações genuinamente humanas, de cuidar do irmão sozinho, abandonado ou doente”.
“A espera de Jesus que vem, portanto, deve se traduzir num compromisso de vigilância. Trata-se, antes de tudo, de maravilhar-se diante da ação de Deus, das suas surpresas, e de dar a Ele a primazia. Vigilância significa também, concretamente, estar atentos ao nosso próximo em dificuldade, deixar-se interpelar pelas suas necessidades, sem esperar que ele ou ela nos peçam ajuda, mas aprender a prevenir, a antecipar, como faz sempre Deus conosco”, concluiu o Santo Padre