Coordenador do projeto, Jaime Conrado de Oliveira, explica iniciativa e incentiva cristãos a aderirem à ação
Julia Beck
Da redação
No ano de 2018, o projeto “10 Milhões de Estrelas”, uma iniciativa da Cáritas Brasileira, chega à sua quarta edição tendo como tema central a paz. De acordo com o coordenador do projeto, Jaime Conrado de Oliveira, o principal objetivo é sensibilizar as pessoas, nas comunidades, nos bairros, nos grupos, nas periferias e em diversos lugares a refletir sobre o tema.
“Estamos vivendo em um mundo que precisa refletir mais sobre a paz, pensar mais na solidariedade entre as pessoas, alimentar mais a cultura do encontro, vivenciar mais experiências na sua comunidade na perspectiva do apoio e amor ao próximo”, afirmou Oliveira.
A iniciativa tem como principal ação incentivar as pessoas, durante o período do advento ou na noite de Natal, a acenderem uma vela e rezarem pela paz. Segundo o coordenador do projeto, a intenção é que pessoas do mundo todo não se esqueçam da jornada em busca de um futuro melhor e mais justo para toda a criação, na casa comum e no planeta. O nome do projeto faz alusão às milhares de luzes que as velas emanarão, que se assemelham ao das estrelas. Para Oliveira, juntas, as velas movimentarão uma constelação pela paz.
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O projeto teve sua origem em 1984, na França, no período do advento, e é realizado também em outros países. “A cada ano, o projeto vem se concretizando sendo mais conhecido pelas pastorais, organismos da igreja, movimentos sociais e a comunidade em geral. É um gesto concreto e coletivo, na perspectiva da consolidação da cultura de paz, da justiça social e de uma espiritualidade comprometida”, contou o coordenador do “10 Milhões de Estrelas” no Brasil.
Em 2014, ano inicial do projeto no Brasil, Oliveira conta que apenas os regionais da Cáritas e suas entidades membro auxiliaram na organização do “10 Milhões de Estrelas”. No segundo ano, o coordenador da iniciativa recorda o envolvimento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), considerada hoje como a principal parceira da Cáritas Brasileira neste projeto. “Em 2017 entrou como parceiro do projeto as escolas Maristas e especialmente esse ano contamos com outras parcerias importantes por se tratar de uma caminhada ecumênica. Hoje contamos com a parceria do CONIC e de outras igrejas cristãs”, revelou.
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É estimada a participação de 500 a 800 mil pessoas nesse projeto, mas, segundo Oliveira, é preciso aumentar seu alcance para a conscientização coletiva acerca da paz. “Acreditamos que a paz é um grande chamado para a sociedade. Precisamos construir caminhos para chegarmos nos lugares mais distantes e tentar plantar e cultivar essa semente da paz. Temos que sensibilizar também os meios de comunicação de massa sobre a existência desse projeto e sua importância na construção de caminhos e reflexões que promovam a paz”.
A paz, enfoque do projeto, foi iluminado, de acordo com Oliveira, pelo tema da Campanha da Fraternidade (CF) da CNBB – Fraternidade e a superação da violência. “Achamos importante o fortalecimento das iniciativas para proporcionar mais amplitude tanto da CF como do nosso projeto”, sublinhou. A motivação do “10 Milhões de Estrelas” caminha, de acordo com o coordenador do projeto, sempre pelo campo da mística espiritualidade e é mais fortalecido pelo período em que o mesmo é desenvolvido, o período do advento, da espera do nascimento de Cristo.
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Desenvolvimento do “10 Milhões de Estrelas”
Esse ano, a iniciativa foi lançada no dia 28 de novembro com uma celebração ecumênica pública. Essa celebração teve como tema: migrantes e refugiados. A inspiração bíblica foi o texto do apóstolo Mateus (Mt 1,18-24), que relaciona o sonho de José e a realização do projeto do Reino para todas as pessoas.
O projeto incentiva também que as comunidades, bairros, grupos e pessoas realizem quatro encontros dentro da metodologia do projeto. A cada semana, há um tema específico e é acesa a vela do Advento.