Santo Padre pede que o grito daqueles que são explorados pelo tráfico de pessoas seja ouvido
Da Redação
Com uma mensagem no twitter, o Papa Francisco recordou hoje o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, celebrado nesta segunda-feira, 30, data promovida pelas Nações Unidas. Francisco pede que se escute o grito dessas pessoas exploradas, frisando que elas não são uma mercadoria.
“Escutemos o grito de tantos irmãos explorados pelo tráfico criminoso: eles não são mercadorias, são pessoas humanas e, como tais, devem ser considerados”, escreveu o Papa em sua conta no twitter – @Pontifex_pt – utilizando a hashtag “#EndHumanTrafficking”.
Essa hashtag movimentará nesta segunda-feira, nas redes sociais, a campanha de conscientização sobre a problemática do tráfico humano, campanha lançada pelo setor Migrantes e Refugiados, do órgão vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. O setor denuncia que o tráfico de seres humanos é uma indústria de US$ 150 bilhões em todo o mundo.
Já neste domingo, 29, o Papa Francisco recordou a data celebrada hoje. Após a oração do Angelus, o Santo Padre destacou que todos têm a responsabilidade de denunciar injustiças e se opor firmemente a esse crime.
“Este flagelo escraviza muitos homens, mulheres e crianças para fins de exploração laboral e sexual, tráfico de órgãos, mendicidade e delinquência forçada. Mesmo aqui, em Roma, as rotas de migração também costumam ser usadas por traficantes e exploradores para recrutar novas vítimas de tráfico. É responsabilidade de todos denunciar injustiças e se opor firmemente a esse crime vergonhoso”, afirmou.
O tráfico humano é uma das preocupações do Papa Francisco. Em 2015, ele instituiu, em parceria com os Pontifícios Conselhos dos Migrantes e da Justiça e com a União Internacional dos Superiores Gerais, o Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas, celebrado anualmente em 8 de fevereiro.
“Com espírito de misericórdia, acolhamos as vítimas do tráfico de pessoas e aqueles que fogem da guerra e da fome”, pediu o Papa pelo twitter recordando o dia de oração celebrado em fevereiro passado. “Não podemos ficar em silêncio diante do sofrimento de milhões de pessoas cuja dignidade é ferida”, acrescentou o Papa em outro tweet na ocasião.
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Em fevereiro deste ano, Francisco recebeu no Vaticano membros do Grupo Santa Marta, composto por chefes de polícia, bispos, religiosas e representantes da sociedade civil unidos na luta contra o tráfico humano. Na ocasião, o Papa destacou a contribuição deste trabalho bem como a importância de ajudar as vítimas desse crime.
“A Igreja é grata por cada esforço feito para levar o bálsamo da misericórdia divina àqueles que sofrem, porque isso representa também um passo essencial para a recuperação e renovação da sociedade no seu todo”, disse na ocasião.