Os títulos foram entregues pelo Cardeal Orani João Tempesta durante o encontro de formação do clero na semana passada
Da redação, com Arquidiocese do Rio de Janeiro
O Papa Francisco concedeu o título de monsenhor a oito sacerdotes da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Os títulos foram entregues pelo Cardeal Orani João Tempesta durante o encontro de formação do clero, realizado no Seminário Arquidiocesano de São José, no dia 11 de julho.
Os sacerdotes contemplados foram monsenhor Camilo de Albuquerque Silva, monsenhor Eluir José Servi, monsenhor José Roberto da Silva, monsenhor Levi Alves de Senna, monsenhor Luis Madero López, monsenhor Luis Roberto Gomes Martins, monsenhor Manuel de Oliveira Manangão, e monsenhor Mario Nogueira Filho.
O vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Copacabana e Santa Rosa de Lima, em Copacabana, monsenhor Eluir afirmou que o título aumenta a responsabilidade de sua missão junto a Deus e ao Seu povo. “O fato de ser monsenhor não acrescenta um algo a mais no fato de eu ser sacerdote, mas sim, me concede mais responsabilidade em minha missão, para o bem do povo de Deus. Esse título é dado para me unir ainda mais ao Papa na oração”, explicou.
Monsenhor Manangão, vigário episcopal para a Caridade Social, também ressaltou a responsabilidade e a fidelidade entre os principais compromissos dessa nova etapa. “Essa titulação é sempre uma surpresa, primeiro porque, em nossa realidade, trabalhamos pensando na vocação que um dia acolhemos. Essa honraria é uma maneira da Igreja reconhecer a dedicação a essa vida, da qual a maior parte da minha foi em prol da Igreja. Apesar de não mudar muita coisa na vida do padre, é sempre uma perspectiva de maior compromisso e fidelidade junto com a vida da Igreja”, sublinhou.
Já monsenhor José Roberto, pároco da Paróquia São Lourenço em Bangu, destacou que é um orgulho para todos receberem esse título. “Nossas atividades serão as mesmas. Esse é um gesto de gratidão que a Igreja nos concede, embora não sejamos merecedores. Porém, o recebemos com muita alegria, para a graça de Deus”, afirmou.
“Buscarei ser o melhor possível, sem decepcionar a esperança do Papa, servindo a Igreja com esforço e empenho, dando graças a Deus que nos dá saúde para poder servi-Lo”, disse o monsenhor Luis Madero, membro da Prelazia da Opus Dei.
Mesmo enquanto capelão da Marinha do Brasil, monsenhor Levi jamais deixou de atuar, também, na arquidiocese. “Eu tinha, no seminário, o apelido de ‘Monsenhor’. E, agora, fui indicado pelo Cardeal Orani para receber essa honraria, aos 52 anos de vida sacerdotal. Esse é como um reconhecimento por meus esforços, e sinto que Deus tem olhado para mim. Nada me faltou, sou feliz enquanto padre. Não fiz grandes trabalhos, mas sempre atuei na arquidiocese”, concluiu.
Sacerdote há 33 anos, monsenhor Luis Roberto, capelão da Irmandade São Crispim e São Crispiniano, frisou que esse será um tempo de mais entusiasmo e serviço. “Tudo o que fizermos, precisamos fazer mais, porque somos servos inúteis. Tudo é para o bem da Igreja e para a glória de Deus. Será uma jornada de mais entusiasmo e serviço. A minha alegria é poder celebrar a Eucaristia e alimentar-me dela”, acrescentou.
Já monsenhor Mario, Paróquia São Sebastião e Santa Cecília em Bangu, salientou que o título gera ainda mais alegria para servir a Deus. “Recebi essa notícia com muita alegria. A responsabilidade sempre existe, mas com ela, a alegria de servir ainda mais a Igreja de Cristo. Minha vocação vem desde criança, passou pela família e se firmou no seminário. Mesmo com os desafios e dúvidas, a graça de Deus prevaleceu para que eu pudesse servi-Lo da melhor forma possível”, finalizou.
Monsenhor Camilo, pároco da Paróquia Santo Antônio em Água Santa, dedicou a honraria à comunidade a qual faz parte. “Sinto-me muito gratificado, não por mim, mas pela comunidade que pertenço, e é a ela que dedico essa honraria, a qual, tendo um pároco com esse título, se torna mais entusiasmada para ser, verdadeiramente, uma comunidade cristã. Estou muito feliz e vou, certamente, corresponder ainda melhor à tarefa que me foi confiada: animar a comunidade, de acordo com as aspirações da arquidiocese e o desejo de Nosso Senhor Jesus Cristo”, sublinhou.
O título
A palavra monsenhor vem do italiano monsignore, que significa ‘Meu Senhor’. Pelo Sacramento da Ordem, não há nenhuma diferença entre padre, cônego ou monsenhor. Ordenados no segundo grau do sacramento, todos são sacerdotes do Povo de Deus.
Antes das reformas conciliares, eles formavam o cabido diocesano para a função de conselheiros do bispo, o governo da diocese durante a vacância e para as funções litúrgicas na Catedral.
No início de 2014, o Papa Francisco mudou as regras de concessão do título de Capelão de Sua Santidade somente aos padres seculares, com mais de 65 anos, cujos nomes devem ser propostos pelo ordinário local.