Pregador do retiro da 56ª Assembleia Geral da CNBB, Dom Azcona afirmou que exortação fará ressoar mais uma vez o chamado à santidade
Da redação, com CNBB
Começa neste sábado, 14, em Aparecida, interior de São Paulo, o retiro do episcopado brasileiro. O novo documento do Papa Francisco, lançado na última segunda-feira, 9, a Exortação Apostólica “Gaudete et Exsultate”, foi escolhida por Dom José Luiz Azcona, bispo emérito prelado do Marajó (PA) e pregador do retiro da 56ª Assembleia Geral, como a temática central do encontro.
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.: Íntegra da exortação apostólica Gaudete et exsultate, em português
Segundo Dom Azcona a exortação fará ressoar mais uma vez o chamado à santidade, indicando os seus riscos, desafios e oportunidades. “Aprofundaremos os desafios de sermos santos no mundo de hoje, dirigido com precisão à nossa realidade de bispos do Brasil”, disse. Para o religioso, as raízes da santidade para os bispos de hoje, sempre estão na sua condição primeira de cristão. O bispo emérito afirma que é necessário chegar à identidade de cristão para ser missionário.
“Às vezes falamos de cristo como a nossa paixão mas muitas vezes ocultamos e deixamos na sombra a sua identidade como crucificado”, disse. De acordo com Dom Azcona, a identidade de Cristo ao qual todo o clero deseja seguir, é marcado pelas chagas.
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.: Cobertura da 56ª Assembleia Geral da CNBB
Agostiniano recoleto, nascido em Navarra, na Espanha, Dom Azcona, tem uma história de grande significado para a luta contra o tráfico humano de pessoas e a prostituição infantil, especialmente na Ilha do Marajó, no Pará.
Nomeado bispo por São João Paulo II, em 1987, permaneceu na prelazia marajoara até a renúncia ao governo pastoral, em 2016. Dom Azcona está entre as pessoas ameaçadas de morte na região Norte. Esta realidade marca a sua espiritualidade, e é parte desta experiência de compromisso que compartilhará no retiro ao episcopado brasileiro que terá seu fim neste domingo, 15.