Aproximação do outono e inverno – períodos em que as doações tendem a diminuir – e baixa nos estoques motivaram a campanha
Da redação, com Agência Brasil
Três hospitais municipais de São Paulo que têm banco de leite humano estão com estoques abaixo do indicado para suprir a demanda de consumo de recém-nascidos e prematuros nas unidades de Terapia Intensiva (UTI). Com a aproximação do outono e inverno – períodos em que as doações tendem a diminuir – a prefeitura tem reforçado os pedidos para aumentar os estoques. É possível doar por meio do Programa de Coleta de Leite Humano Domiciliar.
De acordo com a prefeitura, o Hospital Municipal Professor Doutor Alípio Corrêa Netto, na zona leste da capital, está com 20 litros no estoque, menos da metade da necessidade mensal, que é de aproximadamente 45 litros. No Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul, o déficit é de cerca de 25% do estoque regular. No Hospital e Maternidade Cachoeirinha, na zona norte, por sua vez, a coleta está acima dos 50 litros por mês, mas, para continuar com o estoque regular, é necessário aumentar a coleta em 30%.
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Para doar
Quem quiser participar do Programa de Coleta de Leite Humano Domiciliar deve entrar em contato por telefone e fazer um cadastro. As mães lactantes passarão por exames e uma entrevista para orientação da ordenha e armazenamento do leite. É preciso ser saudável e estar amamentando o próprio bebê.
O programa conta com uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O trabalho de retirada do leite doado na residência das doadoras é acompanhado por uma funcionária de enfermagem, responsável pelo armazenamento adequado do leite. Após a coleta, o leite é pasteurizado para, em seguida, ser distribuído aos bebês nas UTIs neonatais. A Secretaria Municipal de Saúde destaca que, entre os benefícios para a doadora, está a manutenção da produção de leite, evitando o “empedramento” das mamas.