Romaria será voltada a resgatar nomes de pessoas que se destacaram e se destacam nas lutas contra o racismo
Da redação, com Rádio Vaticano
Neste final de semana, o Santuário de Aparecida receberá a 21ª edição da Romaria das Comunidades Negras, que este ano reflete o tema ‘Negro escravo de ontem, excluído de hoje’ e tem como lema, inspirado no tricentenário, ‘300 anos celebrando a resistência com a Mãe Negra Aparecida’.
Durante a programação da Romaria, diversos assuntos serão trabalhados pela Pastoral Afro-Brasileira, tendo como principal objetivo resgatar nomes de pessoas que se destacaram nas lutas contra o racismo e enaltecer o atual cenário no Brasil, enfatizando as pessoas que estão contribuindo para a garantia dos direitos humanos na dimensão étnico racial.
A previsão é de que mais de mil representantes das Comunidades Negras do Brasil estejam reunidos no Santuário Nacional no sábado, 4 de novembro. O texto-base preparado para a Romaria e enviado aos agentes apresenta reflexões a respeito da situação atual dos negros no Brasil, a relação de devoção e libertação com Nossa Senhora Aparecida e a questão da pertença e acolhimento ao negro na Igreja.
De acordo com a Pastoral Afro-Brasileira, o objetivo é também ter presente a caminhada das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), da Teologia da Libertação e o extermínio dos jovens negros. A Romaria refletirá sobre a presença do negro, da negra e da Pastoral Afro-brasileira na Igreja; incentivará a continuidade dos leigos, das leigas, do clero e da hierarquia comprometidos com as propostas da Pastoral Afro-Brasileira; mostrará a Identidade Negra e a celebrará nas respectivas culturas; caminhará em conjunto com outras organizações contra a desigualdade, a discriminação, o racismo, a intolerância religiosa, a exclusão dos direitos dos negros e negras nas periferias.
A programação da Romaria das Comunidades Negras segue durante todo o dia no Santuário, incluindo a participação na Santa Missa das 10h30, presidida por Dom Zanoni Demettino de Castro, Arcebispo Metropolitano de Feira de Santana (BA) e Referencial para Pastoral Afro-Brasileira.
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