Dia do Administrador é comemorado no mês de setembro
André Prado*
O termo administração provavelmente foi conceituado tempos após ao homo sapiens
constatar que existia. Entretanto, muitas tarefas administrativas certamente surgiram com as atividades desempenhadas pelo homem sábio, afinal era necessário estabelecer um controle de uma série de ações do cotidiano.
A organização militar contribuiu muito para o desenvolvimento da administração considerando questões de comando, autoridade, estratégia, logística, direção, hierarquia, motivação, operações, responsabilidade, disciplina, planejamento e outros quesitos.
A Igreja Católica também teve grande influência no mundo da administração em questões
como: expansão, colonização, estruturação, coordenação, procedimentos, missão, diretrizes, objetivos e controle. Tornou-se assim uma organização formal reconhecida que serviu e ainda serve de modelo para a criação de outras instituições.
A definição para palavra administração associa-se ao gerenciamento, direção, organização e controle de recursos, pessoas ou negócios visando a atingir algum propósito. Todo indivíduo possuidor de capacidade intelectual acaba administrando algo.
Como exemplo, pode-se citar alguém que realiza o controle doméstico de uma família
controlando o orçamento, despesas, realizando compras, controlando os estoques de
alimentos, entre outras necessidades. Além de tudo isto, é necessário administrar a vida
pessoal que extrapola a gestão domiciliar.
No entanto, caso uma pessoa tenha necessidade de administrar estruturas mais complexas, recomenda-se muito estudo para acompanhar a evolução, a modernidade e o ambiente de constantes mudanças do mundo empresarial.
Leia mais
.: Todos os artigos de Empreendedorismo
A administração e seus enfoques
No mês de setembro é comemorado o Dia do Administrador. Trata-se de uma nobre função exercida e sua formação está entre as mais procuradas do país, principalmente por possuir um bom índice de empregabilidade. Porém, cabe salientar que é necessário vocação para o bom exercício da função.
Alguns procuram equivocadamente graduações de Administração de Empresas acreditando que trata-se de um curso que não trará muitas dificuldades na aprendizagem de seu conteúdo.
Ledo engano, pois para um aluno obter esta formação terá de passar por algumas disciplinas que envolvem: custos, matemática, economia, estatística, operações, produção, pesquisa operacional, qualidade, direito empresarial, finanças, contabilidade, marketing, tecnologia, logística, estratégia, planejamento, projetos e gestão de várias áreas.
O currículo e o conteúdo programático dos cursos superiores devem ser voltados ao ensino
das áreas existentes nas organizações. É claro que devido a vasta gama de áreas
organizacionais, apenas concluir a graduação não será o suficiente para tornar o egresso do curso um bom administrador. Para isto é necessário ter visão sistêmica, ou seja, desenvolver a visão do conjunto e saber na prática como as áreas administrativas se entrelaçam para que a organização inteira funcione como uma orquestra cadenciada.
Para se ter a ideia de como isto pode ser complexo, pode-se avaliar como exemplo uma única área: Gestão de Pessoas. Imagine o que é gerir pessoas reunidas em uma empresa com formações, culturas, gerações, costumes e ideias diferentes. E olha que isto é apenas uma área em que o administrador atua, imagine o conjunto todo?
Caso o administrador monte seu próprio negócio, muitas vezes, por não poder inicialmente contratar muitas pessoas levando-se em consideração o aumento de custos, este acaba se tornando uma espécie de “faz tudo” na ocupação de diversas funções. Lidar com este universo não é algo fácil, muito pelo contrário, traz uma série desafios diários e muitas dificuldades que exigem muita energia para a realização das tarefas.
É importante saber que na vida profissional, seja trabalhando para alguém ou gerindo o
próprio empreendimento, a responsabilidade do administrador é enorme. Em ambas as
situações é necessário um esforço considerável para atingir os alvos desejados.
Portanto, é necessário que administradores dispostos a exercer suas atividades profissionais em busca do nível de excelência, estejam alinhados com os propósitos organizacionais mantendo-se autodidatas, empenhados, aplicados, dedicados, atualizados, resilientes, disciplinados, inovadores, entre as diversas necessidades que exige a vida corporativa.
*André Prado é Mestre em Educação com Menção em Gestão pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador, pós-graduado em Engenharia da Qualidade e bacharel em Administração de Empresas. Desenvolve atividades na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Faculdade Canção Nova e Centro Universitário Teresa D’Ávila. Para conhecer mais sobre gestão visite o site: www.andreprado.com.br