Entre os meses de maio e julho, o trabalho informal fez com que a taxa de desemprego caísse para 12,8%
Da redação, com IBGE
O trabalho informal fez com que 1,4 milhão de brasileiros voltassem a trabalhar. Assim, a taxa de desemprego ficou em 12,8% no trimestre móvel de maio a julho, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 31, pelo IBGE.
Os empregos em que não há registro em carteira de trabalho foram os que mais cresceram (mais 468 mil pessoas) e os trabalhadores por conta própria (mais 351 mil pessoas). Já a população com carteira assinada manteve-se estável (33,3 milhões).
De acordo com o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, este aumento sinaliza um cenário positivo à economia brasileira. “Essa massa de rendimento de trabalho maior movimenta a economia, pois você vai ter mais pessoas consumindo e, com isso, o mercado de trabalho pode entrar em um processo virtuoso, diferente do que a gente viu nos meses anteriores”, comenta.
A taxa de desemprego em 2017, porém, continua maior que no mesmo período de 2016. Além disto, o número de empregados com carteira assinada caiu 2,9%, passando de 34,3 milhões para 33,3 milhões de pessoas.
Esta comparação, segundo Cimar, é um indício à informalidade no mercado de trabalho. O pesquisador explica que o aumento de 15,2% no número de pessoas trabalhando com alimentação é um dos sinais.
“Em um ano, o grupamento alojamento e alimentação teve um aumento de 683 mil pessoas. Esse acréscimo foi, mais especificamente, relacionado à alimentação. Esse é um grupamento voltado, principalmente, às pessoas que, para fugir da desocupação, estão fazendo comida em casa e vendendo na rua”, explicou.