No Memorial, o Papa Francisco depositou uma coroa de flores e diante da chama perpétua, rezou a oração do Pai Nosso
Da redação, com Rádio Vaticano
O primeiro compromisso do Papa Francisco, no segundo dia de sua visita à Armênia, neste sábado, 25, foi a visita ao Memorial dedicado às vítimas do massacre da população armênia pelo Império turco-otomano em 1915.
Localizado na “colina das andorinhas”, em Tzitzernakaberd e inaugurado em 1967, o local foi enriquecido em 1995 por ocasião do 80º aniversário dos massacres com um Museu, que conserva testemunhos e documentos sobre os massacres.
No Memorial, o Santo Padre e Karekin II foram acolhidos pelo Presidente, com o qual percorreram a pé a última parte do trajeto que leva ao monumento, onde o Papa depositou uma coroa de flores. Um grupo de crianças portava imagens dos mártires de 1915. Diante da chama perpétua foi rezado o Pai Nosso.
Após a oração do Pai Nosso diante da “chama perpétua”, foram proclamadas duas leituras: a primeira tirada do Livros dos Hebreus, ‘Tivestes que suportar uma dura luta’, e a segunda do Evangelho de João, ‘Tudo o que pedirdes em meu nome, eu o farei’.
Ao final, o Papa pronunciou a Oração de intercessão:
Cristo, coroa os teu Santos
e cumpre a vontade de teus fieis e olhas com amor e doçura às tuas criaturas,
escuta-nos dos céus da tua santidade,
por intercessão da Santa Mãe de Deus,
pelas súplicas de todos os teus santos,
e daqueles de quem hoje é a memória.
Ouvi-nos, ó Senhor e tem piedade,
Perdoai-nos, expia e perdoa os nossos pecados.
Faze-nos dignos para glorificar-te
com sentimentos de graças, junto ao o Pai e ao Espírito Santo,
agora e sempre, pelos séculos dos séculos
Amém.
O Papa, o Catholicos e o Presidente armênio transferiram-se então para a esplanada do Museu do Memorial. Ao longo do percurso no jardim, o Santo Padre regou uma árvore, como gesto simbólico da visita.
Na esplanada, o comovente encontro com cerca de dez descendentes de perseguidos armênios, que na época foram salvos e acolhidos na residência de verão dos Papas de Castel Gandolfo pelo Papa Pio XI.
Antes de despedir-se, o Papa Francisco assinou o Livro de Honra, onde escreveu: “Aqui rezo com dor no coração, para que nunca mais existam tragédias como essa, para que a humanidade não se esqueça e saiba vencer o mal com o bem. Deus conceda ao amado povo armênio e ao mundo inteiro a paz e a consolação. Que Deus guarde a memória do povo armênio. A memória não deve ser diluída nem esquecida, a memória é fonte de paz e de futuro”.