Iniciativa solidária oferece 22 leitos em edifício reformado dentro do Campus da Universidade Católica do Sagrado Coração
Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano
Uma nova iniciativa de solidariedade em Roma: foi inaugurada a Casa da Misericórdia, um centro de acolhimento para sem teto realizado no Campus da Universidade Católica do Sagrado Coração. Na construção, são previstos 22 leitos para adultos e jovens que até pouco tempo passavam os dias no Hospital Gemelli.
A Casa da Misericórdia foi montada em um edifício abandonado dentro do Campus Universitário, edifício que foi reestruturado para acolher os sem-teto que há tempos vivem nessas dependências do hospital. Nessa reestruturação, foram criados 22 leitos.
“As pessoas serão acompanhadas diariamente pelos amigos da Comunidade de Santo Egídio, que já acompanhavam as situações dessas pessoas na estrutura do hospital. Criou-se, então, um ponto para dar uma sistematização mais digna e permitir o consumo de refeições”, informa o presidente da Fundação Policlínica Universitária Gemelli, Giovanni Raimondi.
As pessoas serão acolhidas na Casa no fim da tarde, a partir das 18h, e lá poderão fazer as refeições e dormir para, no outro dia, entre 9h e 10h, saírem para conduzir suas vidas. A ajuda da Comunidade de Santo Egídio será de acompanhar essas pessoas, auxiliando-as a encontrar emprego ao longo do dia.
Essa Casa é o primeiro centro de acolhimento em Roma dentro de uma área universitária e hospitalar; Giovanni disse desejar que a iniciativa se expanda, sendo acolhida também por outras instituições. Ele acredita que dar suporte aos sem-teto é também uma forma de ajudá-los na reinserção social.
“O primeiro objetivo fundamental é dar suporte. O segundo é aquele de acompanhá-los nesta casa, então haverá uma pessoa ali para coordenar as atividades e a vida comum dessas pessoas. O terceiro é, seguramente, procurar, onde possível, onde haja condições, possibilidades de favorecer uma reinserção dessas pessoas. Mas o primeiro objetivo é assegurar uma condição de vida digna”.
Segundo Giovanni, a iniciativa também foi uma humilde tentativa de responder ao chamado do Papa Francisco, que nesse Ano da Misericórdia, convida a exercer a misericórdia na prática.