Acidente aconteceu na Usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986
Da redação, com Agências
Nesta terça-feira, 26, o mundo relembra os 30 anos do pior acidente nuclear já acontecido: a tragédia de Chernobyl.
Em 26 de abril de 1986, a usina nuclear de Chernobyl, localizada na antiga URSS, era composta por quatro reatores. À 1h23 da madrugada, o reator nuclear número 4 da usina explodiu durante um teste de segurança. Durante 10 dias, o combustível nuclear ardeu, liberando na atmosfera nuvens tóxicas que contaminaram com radiação até três quartos do território europeu.
Os países mais atingidos além da Ucrânia foram a Rússia e Bielorrússia. Moscou tentou esconder o acidente e as autoridades esperaram até o dia seguinte para evacuar os habitantes. O primeiro sinal de alerta foi lançado pela Suécia no dia 28 de abril, quando as autoridades detectaram quantidades anormais de radiação.
Mais de trinta pessoas morreram na hora, e como resultado dos altos níveis de radiação, 135 mil tiveram que deixar a cidade.
Nos anos seguintes, nada mais pôde ser plantado nas imediações da cidade, rios e ar continuam contaminados e milhares de crianças ainda nascem com deformações físicas e mentais devido aos altos índices de radiação.
Homenagens
As vítimas de Chernobyl receberam homenagens nesta terça-feira, 26. Flores foram deixadas no monumento em Slavutich, na Ucrânia, que fica a cerca de 50 km da antiga usina. Muitos funcionários moravam no local na época do desastre.
Na Catequese da última quarta-feira, 20, o Papa Francisco relembrou as vítimas do acidente, pedindo orações e ajuda financeira, na coleta das missas de domingo em toda a Europa. Segundo o pontífice, “a população da Ucrânia sofre as consequências de um conflito armado esquecido por muitos”.
Ao final, pediu: “Renovamos a nossa oração pelas vítimas da tragédia de Chernobyl e exprimimos a nossa gratidão em relação aos que prestaram socorro e a todas as iniciativas com que se procurou remediar o sofrimento e os danos”.