Organizador das viagens papais esteve ontem em Cuba no primeiro encontro de trabalho para preparar a visita do Papa à ilha
Da Redação, com Rádio Vaticano
Representantes da Santa Sé, da Igreja Católica em Cuba e autoridades cubanas estiveram reunidos, na tarde desta segunda-feira, 11, na chancelaria cubana, no primeiro encontro de trabalho para preparar a visita do Papa Francisco à ilha.
Após a reunião, a Conferência dos Bispos Católicos de Cuba (COCC) publicou na página do Episcopado na Internet que o Papa Francisco visitará a ilha entre 19 e 22 de setembro, no contexto da viagem que fará em seguida aos Estados Unidos, para o Encontro Mundial das Famílias. O Pontífice deve visitar o Santuário do Cobre, onde se venera a padroeira da ilha, e as cidades de Havana, Holguín e Santiago de Cuba, no leste do país.
As datas foram confirmadas um dia depois que o Presidente cubano, Raúl Castro, reuniu-se no Vaticano com o Papa e lhe agradeceu pessoalmente por sua mediação no processo de restauração das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, anunciado em 17 de dezembro.
“Irei a todas as missas que o Papa celebrar em Cuba”, garantiu Raúl Castro após o encontro com Francisco no domingo, 10, no Vaticano.
Após deixar Santiago, o Papa irá a Washington, D.C., onde encontrará o presidente Barack Obama e fará um discurso no Congresso. Ainda nesta viagem, o Pontífice falará na sede das Nações Unidas, em Nova York, e visitará a Filadélfia, para participar do Encontro Mundial das Famílias.
O encontro foi presidido, na parte cubana, pelo Vice-Ministro de Relações Exteriores, Marcelino Medina, e do Vaticano, pelo Dr. Alberto Gasbarri, que é o responsável pela organização das viagens papais. A Igreja Católica em Cuba foi representada pelo Arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega Alamino; pelo arcebispo de Santiago de Cuba e Presidente da Conferência Episcopal, Dom Dionisio García Ibañez, dentre outros.
Padroeira de Cuba
Nossa Senhora da Caridade do Cobre é conhecida carinhosamente em Cuba como La Cachita e sua veneração começou, em 1612, quando três nativos encontraram no mar, depois de uma tempestade, uma pequena estátua de madeira com a imagem esculpida de uma mãe com um menino no colo. Trazia um manto, cujo tecido não estava molhado, e no pedestal da imagem a frase: “Eu sou a Virgem da Caridade”.