Durante sua palestra no evento sobre Liberdade Religiosa, o bispo explicou como a perseguição acontece simplesmente pelo fato de serem cristãos
Da redação, com Hazteoir.Org
“Frequentemente os cristãos estão preferindo perder tudo, para manter a fé e isso constitui nosso orgulho”. Foi o que afirmou o arcebispo de Kirkuk, no Iraque, Monsenhor Yousif Thomas Mirkis, durante o I Congresso Internacional sobre Liberdade Religiosa que terminou neste domingo, 19, em Madrid (Espanha).
Durante sua palestra no evento, o bispo explicou como a perseguição acontece simplesmente pelo fato de serem cristãos. “Nos perseguem porque nós cristãos comemos diferente, nos vestimos de maneira diferente, nos comportamos de maneira diferente. E estas diferenças exasperam os fanáticos”, disse.
Monsenhor lamentou que mais de 150 mil cristãos tiveram que refugiar-se em agosto de 2014. Segundo ele, as estatísticas apontam que em dez anos não haverá mais cristãos no Iraque.
Esta realidade gerou nos seguidores de Cristo um estado de ansiedade, segundo o arcebispo. “Não sabemos quem é amigo e quem é inimigo. O medo faz parte de nossa luta”, afirmou.
Todavia, o arcebispo espera que o sofrimento dos cristãos no Oriente Médio sirva para ajudar o povo ocidental a “incrementar a fé” neste lado do planeta. E recordou ainda as palavras de Jesus no Evangelho que diz que “não se deve temer a quem pode matar o corpo, mas sim quem pode matar a alma”.
O arcebispo espera que a religião muçulmana se abra como a Igreja Católica fez após o com o Concílio Vaticano II. “Se eles mesmos se abrirem, vão curar suas próprias cidades deste câncer que invadiu nossa sociedade”, disse.