Tomando o lar como um elemento simbólico, cardeal Ravasi começou identificando os alicerces da família no relacionamento do casal, aquele entre um homem e uma mulher “que são iguais em sua dignidade, mas diferentes em sua identidade individual”: uma unidade de amor que no cristianismo é dado como um “selo transcendente”.
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Depois o cardeal lembrou a importância das crianças, que são como “pedras vivas”. Segundo ele, a plenitude da família é confiada à prole que não necessariamente é apenas biológica, como, por exemplo, acontece nas adoções. "Deus é o criador – ele explicou -, o homem e a mulher dão vida e continuam a história da salvação".
O cardeal também citou as novas lacerações do tecido familiar que a sociedade presencia hoje. Trata-se de uma mistura de fenômenos sócio-culturais que balança o sistema tradicional da família e transforma a casa em algo “líquido”. Ele enfatizou, porém, que, diante dessa realidade, a família cristã é chamada a não se fechar atrás das portas da casa, porque “a família é a primeira célula da sociedade” e isso lhe confere responsabilidade.
No fim de seu discurso, o biblista mencionou a festa e alegria na família. Para ele, eventos como globalização, civilização digital e desenvolvimento da ciência representam uma multiplicidade de experiências que podem enriquecer a festa da família, mas sob algumas condições. “Desde que seja capaz de valorizar a sua identidade cristã de uma maneira não agressiva e integralista, conseguindo permanecer vital e não acabar em um sincretismo genérico e indefinido”, disse.
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