Paz e alegria são os sinais da presença de Deus na Igreja. Assim disse o Papa Francisco na Missa celebrada nesta segunda-feira, 30, na capela da Casa Santa Marta. O Santo Padre refletiu ainda sobre o risco de descartar crianças e idosos e de estabelecer o funcionalismo na Igreja.
Partindo das leituras do dia, Francisco explicou que os discípulos estavam entusiasmados, faziam projetos para o futuro da organização da Igreja, discutiam quem seria o maior. Mas Jesus os surpreendeu, descentrou-lhes as ideias dirigindo-se para as crianças. “Quem de fato é o menor dentre todos vós – diz – é grande”.
Na Leitura do Profeta Zacarias também se fala desses sinais da presença de Deus, atentando para o cuidado com os idosos sentados nas praças. Então o Papa citou que o risco é descartar seja os idosos seja as crianças, e Jesus faz advertências quanto a isso.
“Um povo que não cuida dos seus idosos e das suas crianças não tem futuro, porque não terá memória e nem promessa. Os idosos e as crianças são o futuro de um povo! Como é comum deixá-los de lado, não?”.
Francisco também atentou para o risco de se cair no funcionalismo da Igreja. “Eu entendo, os discípulos queriam a eficácia, queriam que a Igreja caminhasse sem problemas e esta pode ser uma tentação para a Igreja: a Igreja do funcionalismo! A Igreja bem organizada! Tudo certinho, mas sem memória e sem promessa! Esta Igreja assim não vai bem: será uma Igreja de luta pelo poder, será a Igreja dos ciúmes entre os batizados e tantas outras coisas que existem quando não há memória nem promessa”.
Assim, a vitalidade da Igreja, segundo disse Francisco, não vem dos documentos e reuniões para planificar e fazer bem as coisas, estas são realidades necessárias, mas não são sinal da presença de Deus.
“O sinal da presença de Deus é este, assim disse o Senhor: Velhos e velhas estarão sentados nas praças de Jerusalém, cada um com o seu cajado para sua longevidade. E as praças da cidade estarão cheias de meninos e meninas que jogarão nas praças. Jogo faz-nos pensar em alegria: é a alegria do Senhor. E estes anciãos, sentados com o seu cajado na mão, tranquilos, fazem-nos pensar na paz. Paz e alegria: este é o ar da Igreja.”