No Dia de Finados, recordado na próxima quarta-feira, 2, todos são convidados a rezar por aqueles que já faleceram e a lembrar que a existência terrena é passageira. Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC), na oração do Credo, a profissão da fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e na sua ação criadora, salvadora e santificadora culmina na proclamação da ressurreição dos mortos, no fim dos tempos, e na vida eterna.
Diz o documento, no número 989: “Nós cremos e esperamos firmemente que, tal como Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para sempre, assim também os justos, depois da morte, viverão para sempre com Cristo ressuscitado, e que Ele os ressuscitará no último dia”.
Já na Bíblia, na carta de São Paulo aos Romanos (8, 11), encontramos a seguinte passagem: “Se o Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou Cristo Jesus de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós”.
Em seu artigo intitulado “Comunhão dos Santos”, o Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, afirmou que o ensino católico da oração está unido intimamente ao dogma de suma importância para compreendermos a íntima união com os falecidos: o dogma da comunhão dos santos.
Segundo o Arcebispo, a expressão “Na Comunhão dos Santos”, contida na oração do Credo, não se refere apenas aos santos canonizados pela Igreja pura e simplesmente, mas todos aqueles que, pelo batismo, juntam-se aos que creem na Palavra do Senhor Jesus (cfr. Catecismo da Igreja Católica 958).
Mesmo a morte sendo a única certeza humana, o Dia de Finados é uma experiência difícil para alguns. Mas, para os cristãos, a morte não é o fim, mas o nascimento para uma nova vida. Por isso, a Arquidiocese do Rio conta hoje com 700 agentes que trabalham nos cemitérios da cidade, consolando e levando a esperança a todos aqueles que perderam seus entes queridos.
O trabalho pastoral realizado por leigos, na dimensão fraterna da solidariedade eclesial, através do Ministério da Consolação e Esperança, começou no ano de 1984, nos cemitérios São João Batista e de Inhaúma. Em 1988, o trabalho foi estendido em esfera arquidiocesana, abrangendo todos os cemitérios da cidade.
Segundo o responsável pela evangelização no Cemitério São João Batista, padre Ramon Nascimento, falar da misericórdia de Deus dá uma nova perspectiva e faz com que a pessoa possa sair do olhar da fatalidade para o olhar da esperança.