Catequese

"Não há ecumenismo sem autêntica conversão", diz Papa

O Papa Bento XVI dedicou a audiência geral desta quarta-feira, 21, ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso. Na sala Paulo VI, o Papa recordou que os cristãos estão vivendo a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, uma iniciativa espiritual que este ano se inspira nas palavras de Ezequiel.

Este é um convite dirigido a todos os cristãos de todas as Igrejas e de todas as comunidade eclesiais, que "devemos responder com generosidade". Este compromisso ecumênico, assinalou o Papa, "comporta uma adesão humilde a Deus. Não há ecumenismo verdadeiro sem uma autêntica conversão interior".

O Papa indicou que este espírito tem animado a Igreja Católica, "que no último ano tem percorrido, convicta e radicada esperança, as relações fraternas e respeitosas com todas as Igrejas e comunidades eclesiais desde o Ocidente aos Oriente. Em diferentes situações, algumas mais positivas outras com grande dificuldade, a Igreja não tem poupado esforços para o compromisso e para o reforço da unidade".

Igreja e diálogo teológico

Bento XVI indicou que a relação entre as Igrejas e o diálogo teológico tem continuado a dar sinais encorajadores de convergência espiritual.

O Santo Padre relembrou as ocasiões em que se encontrou com o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I durante a Assembléia do Sínodo dos Bispos. "Tive o prazer de receber também os dois católicos da Igreja Apostólica da Armênia, Karekin II, de Etchmiazin, e Aram I de Antelias".

"Estou em oração enquanto os nossos irmãos se preparam para eleger o novo Patriarca da sua venerada e grande Igreja Ortodoxa".

O Papa recordou ainda o encontro com representantes das várias comunhões cristãs do Ocidente, "com os quais prossegue o diálogo sobre o importante testemunho que os cristãos são chamados a dar de modo concreto mesmo perante tantos desafios cultuais, sociais e econômicos".

Exemplo do Apóstolo Paulo

"No Ano Paulino, sigamos o caminho do Apóstolo, que gastou a sua vida por um único Senhor e pela unidade do corpo místico, dando, com o seu martírio, um testemunho de fidelidade e amor a Cristo".

"Que estes dias de oração nos estimulem para atingir esta meta e sirvam também para dar graças a Deus pelo caminho percorrido até agora, continuando o diálogo, impulsionado pela verdade e pela caridade", terminou.

Bento XVI saudou os peregrinos portugueses. "Ao saudar cordialmente todos os peregrinos e visitantes de língua portuguesa, dou as boas vindas, em particular ao grupo de sacerdotes do Porto: para todos invoco a proteção do Altíssimo. E que a luz de Cristo anime sempre em vós o entusiasmo para servir a Igreja como ela quer ser servida. Com a minha Benção".

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