A vidente de Fátima, Irmã Lúcia de Jesus, celebraria hoje seu 110º aniversário
Da redação, com Agência Ecclesia
O Santuário de Fátima, onde estão sepultados os restos mortais da Irmã Lúcia de Jesus, recorda nesta terça-feira, 28, o 110º aniversário do nascimento da religiosa, uma das videntes das Aparições de 1917.
Nascida em Aljustrel, como os seus primos Francisco e Jacinta Marto, Lúcia de Jesus testemunhou na Cova da Iria, a 13 de maio de 1917, a aparição da Virgem Maria, segundo o seu testemunho, reconhecido pela Igreja Católica.
Os chamados ‘três Pastorinhos’ de Fátima passaram a ser constantemente interrogados sobre o que viram e acusados de mentirem e de inventarem os acontecimentos.
“Recolhida no Asilo de Vilar, no Porto, depois da última Aparição (ocorrida em 13 de outubro de 1917), a conselho do bispo de Leiria, Dom José Alves Correia da Silva, Lúcia de Jesus começa uma vida retirada do mundo que a irá levar ao postulantado das Irmãs Doroteias, em Espanha, aos 15 anos de idade, e, mais tarde, à clausura do Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, onde permanecerá desde 17 de maio de 1946 até à sua morte, em 13 de fevereiro de 2005”, acrescenta uma nota divulgada pela instituição.
No ano de 1925, ingressou na Congregação de Santa Doroteia, em Espanha, “onde se deram as aparições de Tuy e Pontevedra, as aparições da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora e do Menino Jesus”.
O Santuário de Fátima recorda que a Irmã Lúcia se encontrou com “Papas, chefes de estado e de governo, cineastas e gente simples”, tendo respondido a “milhares de cartas e de pedidos de oração,” correspondência que foi analisada e estudada no âmbito da fase diocesana da Causa de Canonização que chegou ao fim no último dia 13 de fevereiro.
O processo implicou a análise destas cartas e textos, além da auscultação de 61 testemunhas, resultando em mais de 15 páginas de documentação que segue agora para a Congregação das Causas dos Santos (Santa Sé).
Após a sessão de clausura, todo o material recolhido foi entregue na Congregação das Causas dos Santos (Santa Sé) pelo postulador da causa, o padre italiano Romano Gambalunga, carmelita.