6 de agosto

AIS promove Dia de oração pelos cristãos perseguidos

O Dia de Oração tem origem na noite de 6 para 7 de agosto de 2014, quando milhares de cristãos fugiram do norte do Iraque, expulsos pelo “Estado Islâmico”

Da redação, com AIS Brasil

A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) promoverá no próximo 6 de agosto o Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos no Oriente Médio. A ação tem o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e começa já no dia 05 de agosto, nesta sexta-feira, às 12h, com uma celebração na Catedral da Sé (SP), presidida por Dom Odilo Pedro Scherer, Cardeal Arcebispo de São Paulo.

No sábado, no Dia de Oração, o Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta celebrará a Missa na Igreja de São José da Lagoa (RJ). Todas as paróquias do Brasil foram convidadas a participarem do Dia de Oração por meio de uma carta enviada pelo presidente da AIS no Brasil, Frei Hans Stapel. Simultaneamente o Dia de Oração será celebrado também em países da Europa.

O Dia de Oração tem origem na noite de 6 para 7 de agosto de 2014, quando milhares de cristãos fugiram do norte do Iraque, expulsos pelo grupo autodenominado Estado Islâmico. A região concentrava 25% dos cristãos do país e também reunia algumas minorias muçulmanas ameaçadas. A Fuga ocorreu à noite, com milhares de pessoas caminhando pelas estradas em direção às cidades curdas de Erbil e Dohuk.

“Cerca de 100 mil cristãos, aterrorizados e em pânico, fugiram de suas casas sem nada, somente com as roupas do corpo, a pé, rumo às cidades curdas. Entre eles havia doentes, idosos, crianças e mulheres grávidas, precisando de água, comida, medicamentos e um lugar para ficar”, declarou o Patriarca Louis Raphael Sako, chefe da Igreja Católica Caldeia.

Assim que recebeu as primeiras informações na manhã do dia 7 de agosto, a AIS  mobilizou os benfeitores e iniciou campanhas e projetos para socorrer materialmente e espiritualmente os perseguidos e refugiados. Desde então a Fundação Pontifícia fez um dos maiores esquemas de ajuda em sua história, direcionando seus esforços para alimento, abrigo e educação para os refugiados, ação que já resulta em mais de 2000 projetos no Oriente Médio desde o início da crise. E, no ano passado, ao completar um ano da fuga em massa dos Cristãos, a entidade realizou a 1ª edição do Dia de Oração.

Agora, em 6 de agosto de 2016, acontece a 2ª edição do Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos no Oriente Médio, ainda mais urgente e com a preocupação de que a crise ainda esteja longe de um fim. Nessa região, os conflitos gerados pelos grupos terroristas já resultam na maior crise humanitária do mundo desde a Segunda Guerra Mundial.
Em 15 de março de 2016, o conflito na Síria completou meia década, e já impacta o mundo todo. Mais de metade da população da Síria foi forçada a abandonar as suas casas. São mais de 4 milhões de refugiados registrados nos países vizinhos e no Norte de África. Durante 2015, mais de 293 mil sírios buscaram asilo na Europa.

Agora, as estimativas apontam que 13,5 milhões de pessoas na Síria precisam de proteção e alguma forma de assistência humanitária, incluindo 6 milhões de crianças. Com 8,7 milhões de pessoas incapazes de satisfazer suas necessidades básicas de alimentos, 70% da população não tem acesso a água potável. Hospitais e postos de saúde, escolas e outros serviços essenciais em todo o país estão operando com capacidade reduzida ou fechada.

No Líbano, em que 80% da população é pobre, receberam desde o início da crise mais de 1 milhão de refugiados, ou seja, um quarto da sua população agora é formada por refugiados. Os problemas gerados são imensos e vão desde os traumas de guerra até a prostituição infantil.

A crise no Oriente Médio atinge recordes insustentáveis e, na ausência de uma paz viável, o Dia de Oração pelos Cristãos no Oriente Médio serve como esperança para o fim da maior crise humanitária do início do século 21.

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