Francisco recordou que os orionitas foram chamados por Deus para servi-Lo nos pobres e nos excluídos da sociedade
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco recebeu no final da manhã desta sexta-feira, 27, os participantes do Capítulo Geral da Pequena Obra da Divina Providência, conhecidos como Orionitas; obra foi fundada por São Luis Orione.
O novo Conselho Geral da Congregação estava presente. Como novo Superior Geral foi escolhido o brasileiro Padre Tarcísio Gregório Vieira. A Congregação, além do Brasil, está presente em 32 países.
Em seu discurso o Papa disse que Dom Orione pedia aos padres para procurar curar as feridas e enfermidades do povo, e ir ao encontro dele no moral e no material, de maneira que a a ação fosse não só eficaz, mas profundamente cristã e salvadora.
“Essas indicações são mais do que nunca verdadeiras! De fato, fazendo isso, vocês não só imitarão Jesus, o Bom Samaritano, mas vão oferecer às pessoas a alegria de encontrar Jesus e a salvação que ele traz para todos. Na verdade, quem se deixa ser salvo por Ele está livre do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo sempre nasce e renasce a alegria”, afirmou o Pontífice.
Francisco explicou que todos nós estamos no caminho do seguimento de Jesus, e que toda a Igreja é chamada a caminhar com Jesus nas estradas do mundo, para encontrar a humanidade de hoje que precisa do “pão do corpo e do divino bálsamo da fé”, como escreveu Dom Orione.
Os orionitas colocaram no centro das reflexões do Capítulo Geral a sua identidade, resumida por Dom Orione no título de “servos de Cristo e dos pobres”.
Serviço aos pobres
“A estrada mestra é manter sempre unidas estas duas dimensões da sua vida pessoal e apostólica. Vocês foram chamados e consagrados por Deus para permanecerem com Jesus e servi-Lo nos pobres e nos excluídos da sociedade. Neles, vocês tocam e servem a carne de Cristo e crescem na união com Ele, vigiando sempre para que a fé não se torne ideologia e a caridade não se reduza à filantropia”, advertiu Francisco.
O Papa destacou ainda que o anúncio do Evangelho, especialmente em nossos dias, requer tanto amor ao Senhor como uma particular iniciativa.
“Eu soube que quando ainda era vivo, o Fundador, em alguns lugares vocês eram chamados de os padres que correm, porque sempre viam vocês em movimento, no meio do povo, com os passos rápidos de quem se preocupa. Amor est via (o amor é o caminho) recordava São Bernardo, o amor está sempre na estrada, no caminho”.
O Pontífice fez então uma exortação: Com Dom Orione, também eu lhes exorto a não permanecerem fechados em seus ambientes, mas ir “para fora”.
O Papa falou sobre a necessidade de que sacerdotes e religiosos que não se detenham somente nas instituições de caridade, embora necessárias, mas que saibam ir além dos confins delas, para levar em todos os ambientes, mesmo o mais distante, o perfume da caridade de Cristo.
Francisco pediu que eles nunca percam de vista nem a Igreja nem a sua comunidade religiosa, ao contrário, que mantenham o coração no “cenáculo”, e saiam para levar a misericórdia de Deus a todos, sem distinção.
O Papa Francisco concluiu confiando a Congregação à materna proteção de Nossa Senhora, venerada pelos Orionitas como “Mãe da Divina Providência”.