No primeiro domingo da Quaresma, Francisco alertou os fiéis a serem vigilantes contra as tentações ‘que nos acompanham durante a vida’
Da redação, com Vatican News
Durante seu discurso do Angelus no primeiro domingo da Quaresma, o Papa Francisco se concentrou nos quarenta dias de Jesus no deserto e na tentação feita pelo diabo.
O Pontífice explicou que o deserto “simboliza a luta contra as seduções do mal, para aprender a escolher a verdadeira liberdade”. É por meio desse “combate espiritual” que Jesus afirma decisivamente que tipo de Messias pretende ser.
A luta contra a tentação
Voltando sua atenção às tentações contra as quais o Senhor luta no deserto, Francisco descreveu como o diabo vem a ele com uma proposta sedutora. Algo como: “Se és Filho de Deus, aproveita! Pensa no que ganharás”.
Mas o Papa explicou que esta é uma proposta que leva a uma “escravidão do coração” e reduz tudo à posse de coisas, poder e fama.
Jesus e a Palavra de Deus
“Jesus se opõe às atrações do mal de maneira vencedora”, disse Francisco, respondendo às tentações com a Palavra de Deus, “que diz para não aproveitar, não usar Deus, os outros e as coisas para si mesmo, não aproveitar de sua posição para obter privilégios”.
O caminho para a verdadeira liberdade
Dirigindo-se aos fiéis na Praça de São Pedro, o Papa sublinhou que “a felicidade e a liberdade não consistem em possuir, mas em partilhar; não em tirar vantagem dos outros, mas em amá-los; não na obsessão do poder, mas na alegria de servir”. E também alertou contra as tentações que “nos acompanham na jornada da vida”.
Seja vigilante
“Devemos estar vigilantes, não ter medo: acontece com todos, e estar vigilantes porque muitas vezes aparecem sob uma forma aparente de bem e sabe se disfarçar com motivos sagrados, aparentemente religiosos”, disse.
Francisco também enfatizou que “Jesus nunca dialogou com o diabo” e exortou os fiéis a não fazê-lo também. Observou ainda que, se cedermos à lisonja do diabo, “acabamos justificando nossa falsidade disfarçando-a com boas intenções”.
“Não devemos dialogar com a tentação, não devemos cair naquele sono de consciência que nos faz dizer: “afinal, não é grave, todo mundo faz.”
Olhe para Jesus
Concluindo, Francisco convidou os fiéis a olhar para Jesus “que não busca compromissos, não faz acordos com o mal e assim vence a tentação”.
“Que este tempo de Quaresma seja também um tempo de deserto para nós”, disse o Pontífice. “Dediquemos um pouco de tempo ao silêncio e à oração: isso nos fará bem; nestes espaços, paramos e olhamos para o que está a mexer no nosso coração, a nossa verdade interior, colocando-nos diante da Palavra de Deus em oração, para que uma luta positiva contra o mal que nos escraviza, uma luta pela liberdade, lugar dentro de nós.”