Francisco disse aos frades capuchinhos reunidos em Roma que quando se esquece a necessidade do perdão, lentamente se esquece de Deus
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco presidiu uma missa na Basílica de São Pedro nesta terça-feira, 09, diante de cerca de mil frades capuchinhos, que estão em Roma para venerar as relíquias de Padre Pio e de Padre Leopoldo Mandic, no Jubileu extraordinário da Misericórdia. Francisco refletiu sobre o perdão.
“Quando se esquece a necessidade do perdão, lentamente se esquece de Deus, de lhe pedir perdão e de saber perdoar”. O Papa falou que os capuchinos receberam do Senhor o dom de perdoar “Em meio a vocês, há muitos bons confessores, porque se sentem pecadores e rezam: sabem perdoar porque sabem rezar”.
O Papa explicou que o humilde é um grande confessor e que quem se sente puro só sabe condenar.
Não machucar o fiel
Francisco ressaltou que o confessionário é para dar o perdão, não para condenar, e que quando não se pode dar a absolvição, que pelo menos não se machuque o fiel que vai se confessar em busca do perdão, do conforto, e da paz em sua alma.
“Vem para encontrar um pai que o abrace e lhe diga que lhe quer bem. Então, por favor, não se cansem nunca de perdoar!”
A seguir, o Papa exortou os frades capuchinhos a serem homens de perdão, de reconciliação e de paz.
“Existem muitas linguagens: a linguagem da palavra, e a linguagem dos gestos. Quem se aproxima do confessionário, faz já um gesto que expressa o desejo de mudar, de ser uma pessoa diferente”.
Humildade para perdoar
Diante disso, o Papa recomendou que todos os frades tenham um coração aberto.
“O perdão é uma semente, um carinho de Deus. Quem não é um grande perdoador, é um grande condenador. E quem é, na Bíblia, o grande acusador? O diabo. Então, digo a todos vocês, sacerdotes: quem não quer perdoar seja humilde e não vá confessar os fiéis”.