Unidade

Francisco faz visita de cortesia a Tawadros II, líder da Igreja Copta Ortodoxa

Francisco e Tawadros II lembraram o martírio de cristãos no início de abril, e reafirmaram o desejo pela unidade entre as Igrejas Católica e Copta Ortodoxa

André Cunha
Da redação

O Patriarca Tawadros II recebeu o Papa Francisco, em visita de cortesia, nesta sexta-feira, 28, no Egito. O Patriarca é o líder da Igreja Ortodoxa Copta. O encontro simbolizou a unidade entre as duas principais expressões cristãs no mundo: católicos e ortodoxos.

Em um discurso de acolhida, o patriarca disse ao Papa que a visita é um novo passo no caminho do amor entre os povos, e classificou Francisco como o “Papa da paz, da terra da paz”. 

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Tawadros II recordou a ocasião em que esteve no Vaticano junto ao Papa, após sua eleição em 2013, e disse que diálogo de hoje, entre a Igreja oriental e a católica, reafirma a convicção das palavras do Senhor: “Todos saberão que sois meus discípulos se amarem uns aos outros”.

“Esperamos o dia em que partilharemos o Pão Sagrado no altar, o dia em que os sinos das nossas Igrejas tocarão juntos anunciando o nascimento do Senhor”, disse o Patriarca.

Tawadros II também recordou o atentado terrorista que matou mais de 40 cristãos, no início de abril. Todavia, afirmou que a mão de Deus os consola diante desses fatos, mas  que o Egito é um país de “paz e segurança”.

O Papa Francisco, por sua vez, agradeceu à acolhida e disse sentir-se “muito grato” chegando ao ao Egito como peregrino e sabendo que seria recebido com a bênção de um “irmão que o esperava”.

A comunhão plena entre as Igrejas Católica e Ortodoxa também é um desejo do Papa. “São Pedro e São Marcos se alegram com nosso encontro. Grande é o vinculo que os uni”, disse Francisco.

“Juntos somos chamados a testemunhar, a levar ao mundo a nossa fé. Possam, coptas ordotoxos e católicos, falar juntos a língua da caridade”, ressaltou o Papa, acrescentando que desta forma, construindo a comunhão, o Espírito Santo não deixará de abrir caminhos de unidade.

O Papa também recordou o Egito como terra de mártires, onde muitos, desde o primeiro século do cristianismo, preferiram derramar o sangue a negar Jesus. Ele também lembrou o martírio de cristãos no início do mês. “Esse sangue nos uni”, disse o Papa, “os vossos sofrimentos são os nossos sofrimentos”.

“Fortalecidos pelo vosso testemunho, trabalhemos para nos opor à violência. Rezando,  a fim de quem tantos sacrifícios não sejam em vão”, acrescentou.

O encontro terminou com a assinatura de uma declaração comum que marcou a visita, seguida por um momento de oração ecumênica.

 

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