A conta do Papa Bento XVI em latim no Twitter, aberta há cerca de uma semana, já tem mais de 10 mil seguidores. Isso foi o que informou o Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, durante a coletiva de apresentação da mensagem do Papa para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, na quinta-feira, 24.
Dom Celli, reiterou a necessidade de Bento XVI estar presente nas redes sociais, especialmente no Twitter. Ele convidou os mais de 2,5 milhões de seguidores do Papa na rede social a ‘retuitarem’ as mensagens do Pontífice, para que cheguem ao maior número possível de pessoas.
O arcebispo comentou ainda sobre os preparativos para a Jornada Mundial da Juventude Rio2013, destacando o trabalho desenvolvido pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.
“Conheço muito bem Dom Orani, é um dos bispos mais atentos à dimensão comunicativa na Igreja. Vivi dias inteiros com ele e era surpreendente. Conheço os projetos existentes para a JMJ e considero que ela será um evento midiático no sentido que através das novas tecnologias, através de um ‘smartphone’, do próprio celular, as cerimônias do Papa poderão ser seguidas imediatamente por milhões de pessoas, será um momento realmente comunitário”.
Dom Celli falou ainda sobre o motivo pelo qual o Papa não está presente também no Facebook. Ele disse que esta rede social tem uma dimensão própria, é “pessoal demais” e por isso não se viu necessidade de criar uma conta para o Pontífice neste meio.
“Ao contrário, Twitter e Youtube têm uma dimensão muito mais ‘institucional’. Por isso, hoje, preferimos não entrar neste campo com um perfil pessoal do Papa”.
Antes de responder às perguntas dos jornalistas, Dom Celli ilustrou os resultados de uma pesquisa de 2012 realizada pela Georgetown University de Washington e divulgou dados relativos a 21 países dos 5 continentes. De acordo com o arcebispo italiano, as redes sociais “são um ambiente existencial estruturado como rede, onde ‘escutar com uma atitude não-agressiva’, mas no modo indicado por Bento XVI, através de um caminho mais rico, verdadeiro e humano”.