Carteira de identidade do cristão é a alegria, diz Papa

Francisco disse que não existe cristão sem alegria e quem a dá é Jesus e não as riquezas

Da Redação, com Rádio Vaticano

Papa Francisco celebra Missas na Casa Santa Marta desde o início de seu pontificado / Foto: L'Osservatore Romano

Papa Francisco celebra Missas na Casa Santa Marta desde o início de seu pontificado / Foto: L’Osservatore Romano

Na missa celebrada na Casa Santa Marta nesta segunda-feira, 23, o Papa Francisco refletiu sobre a alegria cristã. “O cristão vive na alegria e no estupor graças à ressurreição de Jesus Cristo”, disse.

Comentando a Primeira Carta de São Pedro Apóstolo, o Pontífice destacou que não obstante as provações, nunca nos será tirada a alegria daquilo que Deus fez em nós.

A carteira de identidade do cristão é a alegria do Evangelho

O Papa explicou que podemos caminhar rumo àquela esperança que os primeiros cristãos representavam como uma âncora no céu, aquela esperança que nos dá alegria.

“O cristão é um homem e uma mulher da alegria, um homem e uma mulher com a alegria no coração. Não existe cristão sem alegria! Mas, Padre, eu já vi tanta coisa! Não são cristãos! Dizem que são, mas não são! Falta-lhes alguma coisa. A carteira de identidade do cristão é a alegria, a alegria do Evangelho, a alegria de ter sido escolhido por Jesus, salvo por Ele, regenerado por Jesus. A alegria daquela esperança que Jesus espera de nós, a alegria que, nas cruzes e nos sofrimentos desta vida, se expressa de outra maneira que é a paz, na certeza de que Jesus nos acompanha. Está conosco”.

Francisco disse que o cristão faz esta alegria crescer com a confiança em Deus, que se lembra sempre de sua aliança. Ele explicou que o cristão sabe que Deus se lembra dele, que o ama, o acompanha, e o espera. Esta é a alegria, disse ainda o Papa.

É um mal servir a riqueza, no final faz-nos tristes

Francisco, assim, dirigiu sua atenção para a passagem do Evangelho de hoje que narra o encontro de Jesus com o jovem rico: um homem, que não foi capaz de abrir o coração à alegria e escolheu a tristeza, porque possuía muitos bens.

“Era apegado aos bens! Jesus nos disse que não se pode servir a dois senhores: ou serve a Deus ou serve as riquezas. As riquezas não são ruins em si mesmas: mas servir a riqueza, esse é o mal. O pobre homem foi embora triste… Ele franziu a testa e retirou-se triste. Quando em nossas paróquias, nas nossas comunidades, em nossas instituições, encontramos pessoas que se dizem cristãs e querem ser cristãs, mas são tristes, algo está errado. E nós devemos ajudá-las a encontrar Jesus, a tirar essa tristeza, para que possa se alegrar com o Evangelho, possa ter essa alegria que é própria do Evangelho”.

O Papa refletiu sobre a “alegria e o estupor”. “O estupor bom, diante da revelação, diante do amor de Deus, diante das emoções do Espírito Santo”.

O cristão “é um homem, uma mulher de estupor”.

Não buscar a felicidade em coisas que, no final, nos entristecem

Francisco explicou que com a força do Espírito Santo é possível viver a alegria cristã, de não ser preso às coisas nem à mundanidade que nos afasta de Jesus.

“Peçamos hoje ao Senhor que nos dê o estupor diante Dele, diante das muitas riquezas espirituais que nos deu, e com este estupor nos dê a alegria, a alegria da nossa vida e de viver com paz no coração as inúmeras dificuldades; e nos proteja da busca da felicidade em muitas coisas que, no final, nos entristecem: prometem muito, mas não nos darão nada! Lembrem-se bem: um cristão é um homem e uma mulher de alegria, de alegria no Senhor; um homem e uma mulher de estupor”.

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