Bento XVI lamentou a morte do missionário italiano do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (Pime), padre Fausto Tentorio, assassinado na segunda-feira, 17, na ilha de Mindanao, nas Filipinas.
"O testemunho do padre Fausto Tentorio foi o de um bom sacerdote, ardentemente fiel, que por muitos anos se colocou a serviço do povo filipino de modo corajoso e incansável", lê-se na mensagem que o secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, enviou em nome do Papa Bento XVI ao Núncio Apostólico nas Filipinas, Arcebispo Giuseppe Pinto.
O Presidente da Conferência Episcopal das Filipinas, Dom Nereo Odchimar, expressou em nome de todos os prelados do país "tristeza e consternação pelo assassinato de Padre Fausto Tentorio", e exortou as autoridades a investigarem rapidamente o caso para prender os responsáveis pelo crime.
Além disso, a Conferência Episcopal pede aos órgãos competentes que garantam a segurança de quem trabalha a serviço da Igreja e, em especial, dos sacerdotes missionários que deixam seus países para se colocarem completamente a serviço do povo filipino.
Segundo a polícia local, o homicídio do padre Tentorio foi planejado e cometido por assassinos profissionais. As conclusões da perícia científica e da autópsia confirmam a tese sugerida por missionários e amigos do padre Tentorio de que o crime foi um homicídio planejado por algum "inimigo", após possivelmente ter recebido informações ou ter incomodado interesses econômicos de alguém.
De acordo com a Agência Fides, as investigações se concentrarão em grupos paramilitares que atuam em Mindanao, que muitas vezes são contatados por empresários ricos, líderes de clãs ou partidos para prestarem serviços como esse.
Segundo o Bispo de Malaybalay, Dom José Cabantan, o sacerdote trabalhava pelos direitos dos nativos e pela defesa do meio ambiente e, nos últimos tempos, vinha se opondo ao projeto de construção de uma barragem.