Papa Francisco

Ângelus: Ser testemunhas de bondade e de misericórdia, pede Papa

Francisco abordou em sua mensagem o chamado de Deus e a resposta generosa esperada de cada um

Denise Claro
Da redação, com Vatican Media

Papa Francisco, durante o Ângelus deste domingo, 10./ Foto: Reprodução Youtube VaticanMedia

Neste domingo, 10, o Papa Francisco rezou o Ângelus com os fiéis, na Praça de São Pedro, e iniciou sua mensagem abordando o evangelho deste V domingo do Tempo Comum (cf. Lc 5,1-11).

O evangelho fala de Pedro, que cansado, desiludido por não ter pescado nada, organizava as redes, quando foi surpreendido por Jesus. O Mestre entrou em seu barco e pediu que se afastasse um pouco da terra.

“Então Jesus se senta no barco de Simão e ensina a multidão reunida ao longo da costa. Mas suas palavras reabrem à confiança também o coração de Simão. Então Jesus, com outro “movimento” surpreendente, diz a ele “Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar”.

Ao pedido de Jesus, Simão responde com uma objeção: “Mestre, trabalhamos a noite toda e não apanhamos nada ….” E como pescador experiente, ele poderia ter acrescentado: “Se não apanhamos nada durante a noite, muito menos apanharemos de dia.” Em vez disso, inspirado pela presença de Jesus e iluminado pela sua Palavra diz: “… mas por causa da tua palavra, lançarei as redes”.

Francisco afirmou que esta é a resposta da fé, que todos os cristãos são chamados a dar. Uma atitude de disponibilidade que Deus pede a todos os seus discípulos. A partir dela, a Graça acontece.

“Trata-se de uma pesca milagrosa, sinal do poder da palavra de Jesus: quando nos colocamos com generosidade ao seu serviço, Ele faz grandes coisas em nós. Assim age com cada um de nós, nos pede para acolhê-lo no barco da nossa vida, para compartilhar com ele e navegar um novo mar que se revela cheio de surpresas. O seu convite para sair ao mar aberto da humanidade do nosso tempo, para ser testemunhas de bondade e de misericórdia, dá um novo sentido à nossa existência, que muitas vezes corre o risco de debruçar-se sobre si mesmo.”

Em seu discurso, o Papa lembrou que muitas vezes quem recebe o chamado é tentado a rejeitá-lo, por causa das próprias incapacidades, mas que Jesus encorajou a Pedro:

“Também Pedro, depois daquela incrível pesca, disse a Jesus: “Senhor, afasta-te de mim, pois sou um pecador”. Mas diz isso de joelhos diante daquele que já reconhece como “Senhor”. E Jesus o encoraja dizendo: “Não temas; de agora em diante serás pescador de homens “, porque Deus, se confiamos nele, nos liberta de nosso pecado e abre diante de nós um novo horizonte: colaborar na sua missão.”

Francisco frisou que o maior milagre realizado por Jesus a Simão e aos outros pescadores desiludidos e cansados, não é tanto a rede cheia de peixes, mas tê-los ajudado a não cair vítimas da desilusão e do desânimo diante das derrotas. Os abriu para se tornarem anunciadores e testemunhas da sua palavra e do Reino de Deus. E a resposta dos discípulos foi imediata e total, “E, atracando as barcas à terra, deixaram tudo e o seguiram”.

Por fim, o Papa pediu a intercessão de Maria a todos:

“Que a Virgem Santa, modelo de imediata adesão à vontade de Deus, nos ajude a sentir o fascínio do chamado do Senhor, e nos torne disponíveis para colaborar com ele para propagar em todos os lugares a sua palavra de salvação.”

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