Francisco ainda lamentou a situação de migrantes que morreram no Mar Mediterrâneo
Da redação, com Boletim da Santa Sé
Neste domingo, 22, o 16º do tempo comum, o Papa Francisco conduziu a oração mariana do Ângelus. O Sucessor de Pedro deu início a este Ângelus por meio de uma passagem do Evangelho em que relata a primeira missão realizada pelos apóstolos. Estes relatam de forma entusiasmada a Jesus o que aprenderam e ensinaram ao povo na viagem que fizeram.
“Uma missão de experiência entusiasmante, mas também árdua”, explica o Papa. “E Jesus Cristo, cheio de compreensão, quer lhes assegurar um pouco de alívio”. A intenção de Jesus, porém, segundo o Papa, não consegue ser posta em prática, pois os seguidores intuem o possível local escolhido pelos apóstolos e por Jesus e vão ao local antes que cheguem.
“E o mesmo acontece hoje. Por vezes, não conseguimos realizar nossos projetos porque se dá um imprevisto urgente que acaba com nossos programas e requer flexibilidade e disponibilidade às necessidades dos outros. Nestas circunstâncias, somos chamados a imitar o que fez Jesus: descido da barca, ele viu uma grande multidão, teve compaixão dela porque eram como ovelhas sem um pastor e se colocou a lhes ensinar muitas coisas”, explicou o Sucessor de Pedro.
A comoção de Jesus Cristo ao ver aquelas pessoas necessitadas de guia e ajuda nos mostra que todos precisamos do dom da Palavra. “Todos precisamo da palava de verdade. Que nos guie e ilumine o caminho. Sem a verdade que é o próprio Cristo não é possível encontrar a justa orientação da vida. Quando se distancia de Jesus e Seu amor, a existência se transforma em desilusão e insatisfação”, afirmou o Pontífice.
Ajuda a migrantes naufragados
O Papa, ao final deste Ângelus, expressou tristeza sobre a situação de navios com diversos migrantes que naufragaram no Mediterrâneo. “Expresso minha dor diante de tais tragédias, e asseguro, pelos desaparecidos e suas famílias, minhas orações”, disse Francisco que pediu ainda que as autoridades trabalhem com afinco para que estas tragédias não se repitam. “Precisam garantir a segurança, o respeito aos direitos e à dignidade de todos”, acrescentou.