Regina Coeli

Papa: “Quando nós proclamamos o Senhor, o Senhor vem a nós”

Francisco se dirigiu a fiéis reunidos na Praça São Pedro na manhã desta segunda-feira e convidou à reflexão: quando proclamamos Jesus pela última vez?

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco acena aos fiéis no Regina Coeli desta Segunda-Feira de Páscoa / Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

Nesta Segunda-Feira de Páscoa, 10, conhecida como a “Segunda-Feira do Anjo”, o Papa Francisco rezou o Regina Coeli (oração mariana no tempo pascal) com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. A reflexão do Pontífice antes da oração teve como base o Evangelho do dia (cf. Mt 28, 8-15) e ressaltou o encontro com Deus a partir do anúncio. 

Nesta passagem, as mulheres partem depressa do sepulcro para anunciar a boa notícia aos discípulos. E partiram com alegria, ainda que estivessem com medo. No caminho, Jesus vai ao encontro delas e elas se prostram diante Dele, abraçando seus pés.

Jesus se encontra com quem O proclama

Francisco destacou justamente esse encontro promovido pelo Ressuscitado com aqueles que O proclamam. Ontem, em sua Mensagem de Páscoa, o Sumo Pontífice falava sobre a necessidade de deixar o medo para retornar às origens, se pondo a caminho da missão e fazendo memória de Cristo. Hoje, o Santo Padre lembra que, fazendo isso, o próprio Jesus vem ao encontro, Se fazendo próximo.

“Foram elas, as discípulas, as primeiras a vê-lo e encontrá-lo. Poderíamos nos perguntar: por que elas? Por uma razão muito simples: porque são as primeiras a ir ao sepulcro. […] Elas não desanimam, saem dos seus medos e das suas angústias. Esta é a maneira para encontrar o Ressuscitado”.

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.: Na íntegra: Regina Coeli com o Papa Francisco – 10/04/2023

O Pontífice ressaltou também a coragem das mulheres ao anunciar a Ressurreição. Explicou que toda a cidade tinha visto Jesus na cruz e mesmo assim elas vão anunciá-Lo vivo. Isso porque a alegria da boa notícia impulsiona as mulheres a partilhá-la com todos. Ao fazerem isso, elas reafirmam em si mesmas a experiência que viveram, tornando-se ainda mais parte dela.

“É bonito isto: quando nós proclamamos o Senhor, o Senhor vem a nós. Às vezes, pensamos que a maneira para estar perto de Deus seja aquela de mantê-Lo bem perto de nós; porque então, se nos expomos e falamos sobre isso, chegam os julgamentos, as críticas, talvez não saibamos responder a certas perguntas ou provocações, e então é melhor não falar sobre isso. Em vez disso, o Senhor vem enquanto O proclamamos”.

Finalizando, o Papa convidou os fiéis a pensarem qual foi a última vez em que anunciaram Jesus ou que fizeram algo para que as pessoas recebessem a alegria do anúncio da Ressurreição. E, então, rogou a Nossa Senhora: “que nos ajude a sermos anunciadores alegres do Evangelho”.

Depois do Regina Coeli

Após a oração e a bênção aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa recordou o aniversário de 25 anos do Anúncio da Sexta-feira Santa (ou Acordo de Belfast). A ação deu fim aos conflitos violentos que ocorriam no país há décadas em um grande esforço de paz.

Francisco também renovou os votos de “feliz Páscoa”, reforçando que “Cristo ressuscitou, Ele verdadeiramente ressuscitou”. Saudou a todos, especialmente alguns grupos de adolescentes da Itália. Por fim, mais uma vez o Papa clamou pela paz no mundo inteiro, especialmente na martirizada Ucrânia, e pediu a todos que rezem por ele.

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