VIGÍLIA PASCAL

Papa exorta: recordar e caminhar, Jesus nos espera na Galileia

Em sua homilia, Francisco destaca a atitude das mulheres ao deixar o túmulo vazio e correr para anunciar a Boa Nova, a notícia do reencontro com o Ressuscitado

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco preside a Vigília Pascal na Basílica de São Pedro / Foto: Vatican Media-Handout via Reuters

O Papa presidiu neste sábado, 8, a Vigília Pascal na Basílica Vaticana. A “mãe de todas as vigílias” teve início às escuras, às 19h30 no horário local (14h30 no horário de Brasília) com a celebração da luz, a bênção do fogo e preparação do Círio Pascal. Na sequência, o Círio foi aceso com o fogo santo, e deu-se a procissão pela nave central, guiada por Francisco, até que o diácono proclamou, pela terceira vez, “Lumen Christi” e as luzes da Basílica foram acesas.

Sucedeu-se, então, a Proclamação da Páscoa e a Liturgia da Palavra. Após as leituras, o Sumo Pontífice refletiu, em sua homilia, sobre o episódio narrado em Mateus 28, em que as mulheres encontram o túmulo vazio e logo correm para anunciar a boa notícia aos discípulos.

Deixar o túmulo vazio

“Na vida destas mulheres, aconteceu a Páscoa, que significa passagem: de fato, passam do caminho triste rumo ao sepulcro para uma corrida jubilosa até junto dos discípulos, a fim de lhes dizer não só que o Senhor ressuscitou, mas que há uma meta a alcançar imediatamente”, afirmou o Papa.

Francisco destaca ainda o local do encontro que Jesus indica: a Galileia. Foi lá onde tudo começou, e por isso o Santo Padre exortou os fiéis a retornarem à origem, onde está a memória da alegria de se encontrar com o Cristo. “Ir para a Galileia é voltar à graça primordial, é readquirir a memória que regenera a esperança, a ‘memória do futuro’ com que fomos marcados pelo Ressuscitado”, explicou.

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É preciso lutar para não se deixar paralisar pelo medo, pela tristeza e pelas frustrações que são encontradas na vida cotidiana. “Às vezes, acontece-nos, também a nós, pensar que a alegria do encontro com Jesus pertença ao passado, enquanto aquilo que o presente nos dá a conhecer são sobretudo túmulos selados: os túmulos das nossas desilusões, amarguras e difidência”.

Partir ao encontro do Cristo ressuscitado

Por isso, Jesus nos manda ir à Galileia. Ele nos ordena a deixar o cenáculo, saindo do escondimento e se abrindo à missão, e a retornar às origens para reencontrar a alegria de estar junto ao Cristo vivo. Esse é o efeito da Páscoa: “impele-nos a seguir em frente, sair da sensação de derrota, rolar a pedra dos sepulcros onde, muitas vezes, encerramos a esperança, olhar o futuro com confiança, porque Cristo ressuscitou e mudou a direção da história”, apontou o Papa.

Finalizando sua homilia, Francisco, mais uma vez, exortou os fiéis a se animar, concluindo: “Irmãos, irmãs, sigamos Jesus até a Galileia, encontremo-Lo e adoremo-Lo lá onde Ele espera cada um de nós. Revivamos a beleza daquele momento em que, depois de O ter descoberto vivo, O proclamamos Senhor da nossa vida. Voltemos à Galileia, à Galileia do primeiro amor, cada um volte à sua própria Galileia, a do primeiro encontro, e ressurjamos para uma vida nova!”

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