O Vaticano negou qualquer intromissão de Bento XVI no debate sobre a liberalização do aborto no Estado da Cidade do México e afirmou que o Papa emitiu uma mensagem recente sobre o tema apenas na qualidade de "líder religioso".
O subdirector da sala imprensa da Santa Sé, Ciro Benedettini, disse que, quando se trata de temas como o aborto ou a eutanásia, o Papa "olha para a ética e não para a política" e intervém sobre o que considera serem "valores irrenunciáveis."
"Quando o Papa se manifesta não é em vantagem do Vaticano ou da Igreja, mas em benefício da Nação à qual se dirige, porque se trata da defesa de valores universais e transcendentes", afirmou.
O Pe. Benedettini assinalou que o Vaticano deixa sempre clara a sua posição de condenação a "qualquer atentado contra a vida".
"Aconteceu outras vezes e não é a primeira vez que ocorre um pronunciamento deste tipo, porque em temas como esse o Papa não poderia deixar de intervir, embora o faça na sua qualidade de líder católico e não como chefe de Estado", acrescentou.