Papel da mulher e suas contribuições para a sociedade são o foco de um congresso internacional que começa amanhã, 22, no Vaticano
Da Redação, com informações do Vaticano
O Vaticano apresentou nesta quinta-feira, 21, o congresso internacional que discutirá o papel da mulher e sua contribuição para a agenda de desenvolvimento sustentável pós 2015, que será aprovada em setembro pela Assembleia da ONU. O evento começa nesta sexta-feira, 22, em Roma, e segue até domingo, 24.
“Mulheres rumo à agenda para o desenvolvimento pós 2015 – quais os desafios dos objetivos do desenvolvimento sustentável” é o tema da segunda edição do evento, promovido pelo Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, junto com a União Mundial das Organizações Católicas de Mulheres e com a Aliança Mundial de Mulheres para a Vida e a Família.
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Participarão do evento mulheres – e em menor parte homens – provenientes dos cinco continentes e, por isso mesmo, com contextos culturais e sociais diversificados. Segundo o presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz, Cardeal Peter Turkson, isso ajuda a oferecer um olhar mais completo possível sobre as principais questões contemporâneas que investem a mulher em nível mundial.
Temas
O Cardeal apresentou, na coletiva de hoje, como será a programação do congresso. Haverá momentos de discussão sobre a antropologia feminina em contraste com a cultura moderna, bem como painéis sobre o tema da educação e o papel das mulheres hoje nesse campo. Outros temas em evidência serão o papel da mulher no diálogo inter-religioso e as novas formas de escravidão e violência contra a mulher.
“Os múltiplos episódios que nestes últimos tempos viram mulheres e meninas serem vítimas – também e sobretudo em virtude de sua fé cristã – de atrocidades indescritíveis que implicaram a violência sexual nos interpelam fortemente”, declarou.
Mulher e a agenda de desenvolvimento
Mas o congresso internacional não se debruçará somente sobre uma panorâmica dessas questões urgentes, mas pretende também contribuir para a nova agenda para o desenvolvimento pós 2015. “A questão da mulher é, de fato, transversal e crucial para a maioria das atuais propostas de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: a mulher desenvolve um papel-chave na redução da pobreza, da fome no mundo, na educação, mas é também a protetora da vida em todas as suas fases”, considerou o cardeal.
A presidente da Aliança Mundial de Mulheres para a Vida e a Família, Olimpia Tarzia, está certa de que a conferência vai contribuir para consolidar uma aliança preciosa com mulheres expoentes do mundo cultural, acadêmico, de movimentos e associações para reforçar a defesa da vida e da família.
“Estou convencida de que o documento que vai emergir do confronto desses dois dias representará uma referência cultural preciosa, que servirá como pedra angular no secular caminho da mulher na Igreja e em toda a sociedade”.