O desenvolvimento não se garante com os recursos que procedem do exterior, depende, sobretudo, da educação, recorda o Padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.
No editorial do último número de Octava Dies, semanário produzido pelo Centro Televisivo Vaticano, do qual também é diretor, o porta-voz vaticano vê na última Cimeira do G8 "alguns sinais positivos para o futuro".
"Não tanto no campo das medidas para deter a deterioração das condições climáticas —esclarece—, mas no da relação mais serena entre os Estados Unidos da América e Rússia, e no dos compromissos para enfrentar a fome e favorecer o desenvolvimento dos povos".
"Os apelos neste sentido tinham-se multiplicado", recorda o Padre Lombardi, citando em especial a mensagem dos bispos da América Latina reunidos em Aparecida na qual pediam uma economia mundial virada para "um desenvolvimento humano, ecológico e sustentável, baseado na justiça, na solidariedade e no bem comum global".
"O verdadeiro desenvolvimento nunca será garantido unicamente por recursos procedentes do exterior, nem poderá limitar-se unicamente ao bem-estar material, mas deve fundamentar o seu crescimento nas pessoas, na sua formação cultural, moral e social, na sua capacidade para tomar as rédeas de seu futuro e de edificá-lo responsavelmente", explica.