Seguindo apelo do Papa, instituição vai permitir que estudantes que interromperam estudos por causa da guerra consigam concluir a formação
Da Redação, com Rádio Vaticano
A Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma, acolherá vinte estudantes da Síria, Iraque e Eritreia, colocando em prática o apelo do Papa Francisco para acolher os migrantes que fogem da guerra e da fome.
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Nesse espírito, a universidade vai assinar na próxima terça-feira, 19, um acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Itália a fim de acolher esses jovens estudantes, titulares de proteção internacional. São pessoas que, por causa de guerra e perseguições em seus países, tiveram que interromper os seus estudos. Agora, graças ao acordo, poderão retomar e concluir a formação acadêmica.
“Com esta iniciativa conjunta, a Pontifícia Universidade Lateranense e o Ministério das Relações Exteriores da Itália, respondendo aos apelos prementes do Papa Francisco, se comprometem a sustentar esses jovens a fim de que possam seguir os estudos na universidade”, informa nota da instituição.
O reitor da Lateranense, Dom Enrico dal Covolo, junto com as autoridades acadêmicas, professores e funcionários, encoraja a abrir as portas da universidade a fim de percorrer um trecho de estrada com esses jovens, irmãos em fuga do inferno da guerra, perseguições e terrorismo. “Aqui, eles encontrarão uma casa e um livro, mas sobretudo o abraço dos irmãos com os quais partilhar experiências de estudo e de vida, crescendo em humanidade”.
O Papa Francisco não só pede acolhimento aos migrantes, ele mesmo dá exemplo. Quando visitou a ilha de Lesbos, na Grécia, em abril desse ano, ele voltou para casa levando três famílias sírias no avião. A hospitalidade e a ajuda às famílias ficaram a cargo do Vaticano. A hospitalidade inicial foi garantida pela Comunidade de Santo Egídio.