Atentado em Kampala deixou até agora 5 mortos e 33 feridos
Da redação, com Agência Fides
“A situação em Kampala continua de alerta. O Parlamento ainda está fechado e não se sabe quando retomará as sessões de trabalho. As forças de segurança ordenaram aos cidadãos que fiquem em casa o máximo possível, limitando-se às viagens necessárias. As imagens de terroristas suicidas no noticiário são realmente assustadoras, mas, apesar disso, a vida continua: as pessoas têm que trazer o pão de cada dia para casa. Eles têm que superar o medo e as barreiras, e a oração é uma arma extraordinária”.
A informação foi informada à Fides por Irmã Fernanda Cristinelli, missionária comboniana que trabalha em Uganda como chefe do “Comboni Children Center” para a recuperação de crianças vítimas do tráfico na capital, Kampala, falando sobre a dupla explosão ocorrida na cidade.
O saldo de vítimas subiu nesta quinta-feira, 18, para 5 mortos e 33 feridos “embora o número de vítimas – frisa irmã Fernanda – possa ser maior do que o informado até agora, pois cinco dos feridos estão em estado crítico”.
“As autoridades ugandenses investigam os atentados – confirma a religiosa – e, de acordo com as declarações feitas até agora, a responsabilidade pela violência deve recair sobre as Forças Democráticas Aliadas (ADF), que dizem ter ligações com o Estado Islâmico.”
Num cenário de pânico e consternação geral com a violência brutal, “nestas horas agitadas – diz a irmã -, a resposta dos fiéis é única: todos os ugandeses estão unidos na oração”.
Uganda, que estava livre de terrorismo, foi vítima de um surto de ataques no mês passado: o primeiro ocorreu em 23 de outubro, quando uma bomba explodiu em um restaurante em Kampala; dois dias depois, em 25 de outubro, uma segunda bomba explodiu em um ônibus que viajava na rodovia Kampala-Masaka; uma terceira explosão ocorreu em 29 de outubro no distrito de Nakaseke, 60 quilômetros ao norte de Kampala. Os primeiros dois ataques foram reivindicados pelo Estado Islâmico.
Dos 47 milhões de habitantes de Uganda, os cristãos representam cerca de 85% da população (40% católicos, 32% anglicanos, 10% pentecostais e grupos de outras denominações), enquanto 13% da população é muçulmana e as minorias seguem os cultos tradicionais.