Japão

Tufão castiga o Japão e se desloca rumo à usina de Fukushima

Um poderoso tufão atingiu o Japão nesta quarta-feira, 21, castigando a região de Tóquio com fortes chuvas, atrapalhando o transporte público e matando quatro pessoas, e deslocava-se rumo à usina nuclear de Fukushima, destruída por um tsunami em março.

O tufão Roke, a segunda tempestade a atingir o Japão neste mês, está gerando ventos de até 220 quilômetros por hora e provocou mais de 40 centímetros de chuvas em partes do leste e oeste do Japão nas últimas 24 horas, disse a Agência Meteorológica do Japão.

A tempestade cortou a energia fornecida para mais de 575.500 residências pela Tokyo Electric Power Co., e obrigou empresas como a Toyota Motor Corp, Nissan Motor e a Mitsubishi Heavy Industries a fechar algumas usinas, segundo representantes das companhias.

"Precisamos exercer o máximo de cautela contra as fortes chuvas e ventos e as altas ondas em amplas áreas no leste e norte do Japão", disse o secretário-chefe do gabinete japonês, Osamu Fujimura, em coletiva de imprensa.

O Roke atingiu o continente próximo de Hamamatsu, 200 quilômetros a oeste de Tóquio, aproximadamente às 14h de terça-feira, horário local (1h de quarta-feira, no horário de Brasília), a atravessou o oeste do Japão antes de se deslocar para o norte da capital ao anoitecer.

Imagens na televisão mostravam ondas atingindo os quebra-mares na costa do Pacífico e árvores derrubadas nas ruas de Tóquio.

A Tokyo Electric, operadora da usina nuclear de Fukushima Daiichi, localizada a 240 quilômetros nordeste de Tóquio e que foi destruída por um terremoto e tsunami massivos em março, disse que o tufão não havia causado danos à usina por enquanto.

"O maior motivo de preocupação é o aumento no nível de água (radioativa) nos prédios das turbinas", disse Junichi Matsumoto, representante da Tokyo Electric, em coletiva de imprensa.

O local ainda tem quantidades enormes de água que foram usadas para resfriar os reatores, onde o derretimento de combustível ocorreu depois que os sistemas de resfriamento foram desativados pelo desastre de março, gerando preocupações de que fortes chuvas poderiam fazer transbordar a água para o mar e águas subterrâneas.

Trens em Tóquio e nos arredores da cidade suspenderam seus serviços, deixando milhares de passageiros ilhados ao tentarem chegar cedo antes que a tempestade atingisse a capital.

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