Esta regulação é vista geralmente como um indicador das opiniões do presidente entrante a respeito do aborto
Da redação, com ACI Digital
O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira, 23, uma ordem executiva reinstaurando a “política da Cidade do México”, uma regulação pró-vida internacional que impede que o governo dos Estados Unidos financie ou promova o aborto no exterior.
Esta regulação é vista geralmente como um indicador das opiniões do presidente entrante a respeito do aborto.
A ordem executiva foi assinada um dia depois do aniversário da sentença da Corte Suprema sobre o caso Roe vs. Wade, através da qual o aborto foi legalizado em todo os Estados Unidos, em 1973.
Instituída originalmente em 1984, pelo então presidente Ronald Reagan, a “política da Cidade do México”, chamada assim pela cidade na qual foi anunciada, determina que as organizações não governamentais estrangeiras não podem receber financiamento de recursos públicos caso realizem ou promovam o aborto como um método de planejamento familiar.
Nos anos seguintes, a ‘política da Cidade do México’ se converteu em um emblema da postura do novo presidente sobre o aborto. Os presidentes entrantes geralmente revogar ou reinstauram esta política durante a sua primeira semana no poder, simbolizando a postura que tomarão sobre temas de aborto durante o seu mandato.
O presidente Bill Clinton revogou esta política em 22 de janeiro de 1993. George W. Bush a reinstaurou no dia 22 de janeiro de 2001.
Barack Obama a revogou novamente em 23 de janeiro de 2009, recebendo críticas do Vaticano.
Restaurar a ‘política da Cidade do México’ não estava entre as promessas que Trump fez durante a sua campanha presidencial.
O novo presidente fez outras promessas pró-vida durante a campanha, entre elas nomear juízes pró-vida para a Corte Suprema; assinar uma lei proibindo os abortos tardios; cortar o financiamento público à multinacional abortista Planned Parenthood e redistribuir esse dinheiro para centros de saúde comunitários que não pratiquem abortos; e fazer uma proibição permanente para que o dinheiro dos contribuintes não financie abortos.