Harvey Alter, Charles Rice e Michael Houghton acreditam que agora há uma forte possibilidade de se erradicar o vírus da Hepatite C
Da redação, com Reuters
Dois americanos e um britânico ganharam o Prêmio Nobel de Medicina em 2020 nesta segunda-feira, 5, pelo trabalho na identificação do vírus da hepatite C, que causa a cirrose e o câncer de fígado.
As descobertas dos cientistas americanos Harvey Alter, Charles Rice e do cientista britânico Michael Houghton apontam que agora há uma chance de erradicar o vírus da Hepatite C completamente, de acordo com a assembléia do Nobel do Karolinska Institutet, em um comunicado oficial ao entregar o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (US $ 1,1 milhão).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 71 milhões de pessoas estejam infectadas com hepatite C em todo o mundo, o que causou aproximadamente 399 mil mortes em 2016.
Embora a entrega do prêmio Nobel ocorra conforme planejado este ano, a premiação foi ofuscada pela pandemia do coronavírus.
“É realmente uma descoberta que salva vidas e também é fundamental ir ao início para realmente entender as descobertas básicas e originais que realmente permitiram [isto acontecer], há realmente muito mais que já aconteceu, tantos avanços na terapia etc., mas que se tornaram possíveis com a descoberta inicial do vírus”, disse Ana Wedell, professora em Genética Médica e membro do comitê do Nobel.
A Fundação Nobel cancelou o banquete tradicional, que constitui a peça central das comemorações em dezembro, e entregará as medalhas e os diplomas em um evento televisionado, em vez de ao vivo em Estocolmo.
Os vencedores deste ano serão convidados a comemorar junto com os laureados de 2021, presumindo-se que a pandemia já tenha diminuído até lá.
A medicina é o primeiro prêmio Nobel concedido a cada ano. Os prêmios por realizações em ciência, paz e literatura são concedidos desde 1901 e foram criados pelo inventor da dinamite e empresário Alfred Nobel.