A tragédia da escola de Beslan na Ossétia do Norte onde, em setembro de 2004, a tomada de centenas de reféns culminou com a morte de 331 pessoas, entre elas 186 crianças, poderia ter sido evitada pelas autoridades locais, segundo um informe da Duma russa e do Conselho da Federação.
O documento da comissão, todavia, não aponta nenhuma responsabilidade direta: “Não temos dados suficientes para uma conclusão definitiva, admitiu frente aos senadores o presidente da comissão, Aleksandr Torshin – mas estamos esperando mais alguns resultados de perícias.
No boletim se evoca sobretudo a falta de prevenção das autoridades em Ossétia. “É certo que não havia indícios concretos sobre o iminente ataque terrorista à escola, mas o ministro do Interior Rashid Nurgaliev e seu vice Aleksander Chekalin haviam enviado telegramas à policia local pedindo reforço às medidas de segurança em ocasião do começo do ano letivo”, disse Torshin.
As autoridades locais, segundo o informe, não cumpriram a ordem. A tomada de reféns aconteceu precisamente no primeiro dia de aulas nessa republica russa, em 1 de setembro de 2004, quando um comando pro-tchetcheno invadiu a escola de Beslan e tomou como reféns centenas de crianças.
De acordo com o chefe da comissão, “o material reunido ainda não é suficiente para julgar de modo objetivo as causas e circunstâncias da tragédia”.