terço

Recitação do Rosário no Santuário Nacional

Montagem e organização do roteiro: Pe. José Luiz Majella Delgado

O Papa Bento XVI manifestou o desejo de passar algum tempo em oração dentro do Santuário Nacional. Por ser um Santuário mariano escolheu recitar o rosário, que é a oração mariana por excelência, isto é, o rosário louva Maria, em razão de Deus lhe ter concedido “maravilhas da graça”, em vista da encarnação de seu Filho Jesus.

A participação dos féis

Para acompanhar o Santo Padre na recitação do rosário, Dom Raimundo Damasceno na qualidade de anfitrião, fez o convite às famílias, aos seminaristas, religiosos, religiosas, padres, diáconos e a todos os romeiros de Nossa Senhora Aparecida.

Estrutura

18hs – Chegada do Santo Padre ao Santuário Nacional onde entrará pela “Porta Santa”, na Ala Norte da Igreja. À porta da Igreja será recebido pelo Reitor do Santuário, Pe. Mauro José Matiazzi.

Celebração do Terço

Introdução

Santo Padre

Boas Vindas

O Senhor Arcebispo de Aparecida, Dom Raimundo Damasceno Assis, saúda e acolhe o Santo Padre.

Credo

O coro e a assembléia cantam o Credo, que é o símbolo ou profissão de fé. Deus permanece o Único: do qual haurimos a água da salvação, sobre o qual fundamos o sentido da vida. Proclamar que existe um só Deus significa abandonar-se à sua vontade providencial e soberana.

Ao canto do Credo, duas jovens levarão velas acesas até as proximidades dos pés da imagem de Nossa Senhora Aparecida, colocando-as na Menoráh.

Vela: para a liturgia, a luz é símbolo de Cristo; o uso litúrgico da vela é muito freqüente, tornando-se por isso um símbolo bastante presente na vida cristã. A vela, símbolo da luz e da consagração, acompanha o cristão em sua caminhada por este mundo até chegar ao reino da luz.

Está presente em quase todas as celebrações litúrgicas; de modo especial na Celebração Eucarística. A vela acesa representa o mistério da encarnação que o Espírito faz viver em cada um dos fiéis. Nós, em todos os momentos, oferecemos a nossa pobreza a Deus, para que ele mande o seu Espírito acender em nós o fogo do seu amor, capaz de dar à nossa vida aquele calor e aquela luminosidade que nos capacitam a caminhar no tempo.

A vela acesa que está sendo conduzida torna-se expressão da nossa firme convicção de que Cristo ilumina todo o nosso ser, para que possamos, na vida, caminhar na esperança, na expectativa do dia que não conhece ocaso. Os romeiros que visitam os Santuários cultivam o hábito de acenderem velas, o que é uma expressão de consagração ou agradecimento.

A vela acesa que ilumina o itinerário processional nesta celebração do terço põe em evidência que Cristo Jesus ilumina o coração dos fieis e afasta todas as trevas.

Menoráh (candelabro): é o símbolo da luz espiritual e da salvação. O candelabro hebraico feito de sete braços de ouro puro corresponde a árvore babilônica da luz, relaciona-se, também, com o simbolismo cósmico dos sete elementos da criação.

Os sete braços: 7 são os elementos da natureza criados pelo UM e, portanto, perfeito: ar, água, fogo, terra, plantas, animais e o homem. É o número da plenitude.

Ao recitar o terço e acender as 7 velas levando-as em procissão, estamos criando comunhão com o cosmos no louvor das criaturas ao Criador. A antífona que acompanha a procissão da vela é mariana. A comunhão que criamos com o universo acontece sob a maternal proteção da Virgem Maria.

A Menoráh é o símbolo do Espírito Santo. O Espírito Santo é a ação de Deus por dentro das coisas, dos fatos, da comunidade e de cada pessoa. Ação que cria, une, transforma, liberta… Os dons do Espírito Santo tradicionalmente são vistos como 7, o número perfeito. A saber: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. Um dos símbolos do Espírito Santo na bíblia é o fogo. O fogo é uma força que aquece, purifica, ilumina, torna dócil e maleável. Em Pentecostes, o Espírito desce como fogo (At 2,3).

A história latino-americana e caribenha revela sinais do Espírito Santo na vida, na unidade, nas festas e na solidariedade do povo. A V Conferência Geral dos Bispos da América Latina e Caribe, será um Pentecostes para a Igreja do nosso continente.

Meditação dos Mistérios do terço

O mistério a ser contemplado: “Mistérios da Glória”. A escolha se deu por causa do tempo pascal que a liturgia da Igreja está vivenciando nestes dias. “Os mistérios gloriosos alimentam nos crentes a esperança da meta escatológica, para onde caminham como membros do povo de Deus peregrino na história. Isto não pode deixar de impeli-los a um corajoso testemunho da “grande alegria” que dá sentido a toda a sua vida” (João Paulo II, in Rosarium Virginis Mariae, n.23).

Esquema para os 5 mistérios:

1. Anúncio do mistério;

2. Leitura bíblica corresponde ao mistério a ser contemplado;

3. Antífona mariana (enquanto o coro e a assembléia entoam o canto festivo à Virgem Maria, após cada leitura bíblica uma jovem leva uma vela acesa e a coloca na menoráh);*

4. Pai Nosso (a primeira parte da oração será rezada pelo Santo Padre);

5. Recita-se por 10 vezes a Ave Maria:

– 1º mistério: recita a primeira parte da Ave Maria: seminaristas dos Seminários da Arquidiocese de Aparecida;

– 2º mistério: recita a primeira parte da Ave Maria: religiosos e religiosas das comunidades de Vida Consagrada, da Arquidiocese de Aparecida;

– 3º mistério: recita a primeira parte da Ave Maria: diáconos permanentes da Província Eclesiástica de Aparecida e diáconos temporários da Arquidiocese de Aparecida;

– 4º mistério: recita a primeira parte da Ave Maria: famílias (casal e um filho/filha) da Arquidiocese de Aparecida;

– 5º mistério: recita a primeira parte da Ave Maria: sacerdotes, religiosos e diocesanos, da Arquidiocese de Aparecida.

*A veste das jovens

A cor das vestes expressa uma linguagem simbólica. É para ajudar a penetrar e sintonizar melhor o mistério da fé que estamos contemplando. São cores que inspiram alegria.

– Credo: azul escuro e azul claro (ver explicação no 2º e 4º mistérios): queremos expressar a importância da celebração: entregar nossos cuidados aos corações misericordiosos de Cristo e de sua Mãe: “o Rosário “marca o ritmo da vida humana” para harmonizá-la com o ritmo da vida divina, na gozosa comunhão da Santíssima Trindade, destino e aspiração da nossa existência”. (João Paulo II, RVM, n. 25)

1º mistério: a Ressurreição do Senhor: o branco: é a cor privilegiada da festa cristã. É uma cor alegre, que sugere de imediato a festa. É símbolo do começo de uma vida nova do Ressuscitado e suas conseqüências para nós;

2º mistério: Ascensão do Senhor: azul escuro: com suas ressonâncias de céu e distância nos remete à ascensão do Senhor;

3º mistério: Pentecostes – a vinda do Espírito Santo: vermelho: traz à imaginação o fogo e o sangue. O seu simbolismo adapta-se muito bem ao sentido do amor (a paixão que enche o coração). O Espírito é fogo e Vida;

4º mistério: Assunção de Maria: azul claro: com suas ressonâncias de céu é, desde o século passado, uma cor privilegiada para celebrar a solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

5º mistério: Coroação de Nossa Senhora como Rainha do céu e da terra: amarelo: cor do ouro: expressão da alegria de uma festa, precisamente pela nobreza de seus materiais.

6. O coral entoa o Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. É uma pequena doxologia (de doxa = glória + logos = palavra), com a qual se conclui o término das 10 Ave-Marias.

7. Oração conclusiva:

Ao término de cada mistério recita-se uma oração conclusiva. A estrutura é semelhante em todas as preces: louva a Deus pelo mistério celebrado e pede, por intercessão da Virgem Maria, a graça desejada.

8. Salve Regina

Para finalizar o terço, o coral entoa a Salve Regina.

9. Palavras do Santo Padre

10. Oração de Consagração à Nossa Senhora Aparecida, recitada por Dom Raimundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida.

11. Agradecimentos de Dom Raymundo Damasceno Assis

12. Benção apostólica: Santo Padre

13. Despedida: Diácono

14. Saída do Santuário

O Papa se retira da Igreja fazendo o mesmo percurso da entrada.

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