Chuvas fizeram nível do Rio Arno, em Florença, chegar a quase 4 metros
Ansa
A região central da Itália sofreu na tarde deste domingo, 6, e na madrugada desta segunda-feira, 7, com o mau tempo, fortes chuvas, ventanias e até redemoinhos que causaram acidentes e a morte de duas pessoas.
A primeira vítima foi um jovem de cerca de 20 anos na cidade litorânea de Ladispoli, na região do Lazio, que foi atingido por um pedaço do parapeito de uma casa, e o segundo foi um senhor de 61 anos em Cesano, vila próxima a Roma, que foi esmagado por uma árvore.
No Lazio, escolas da cidade de Fiumicino ficaram fechadas nesta segunda por causa do mau tempo e moradias em Pesce Luna e na própria Fiumicino ficaram sem luz por horas.
Na região, árvores caíram e casas foram destelhadas. O literal romano também contou com pessoas feridas, casas destelhadas e alagamentos causados por fortes tempestades. O litoral também foi atingido por redemoinhos que, mesmo sendo previstos pelos centros de meteorologia da Itália, foram considerados “imprevisíveis” pela Defesa Civil da região por que foram mais fortes do que o esperado.
A cidade de Roma e seus arredores também foram atingidos pelo mau tempo, com alagamentos, árvores caídas e muitas ligações para o Corpo de Bombeiros na tarde de domingo. “Mesmo distantes, estamos em contato com a Defesa Civil para atualizações”, afirmou a prefeita da capital italiana, Virginia Raggi, que está Cracóvia, na Ucrânia.
A Toscana também foi muito atingida pelas chuvas fazendo com que a altura do rio Arno na cidade de Florença chegasse a quase 4 metros da tarde de ontem. No distrito de Nave a Rovezzano, a água chegou até 5,56 metros por cerca de uma hora. Na cidade, um carro que estava na rampa de acesso da Sociedade dos Remadores, perto do famoso Ponte Vecchio, foi parar no rio e teve que que ser recuperado com uma grua.
O mau tempo também foi sentido na região das Marcas, onde os fortes ventos destelharam uma escola em Arli di Aquasanta Terme, uma das cidades atingidas pelos terremotos. “Uma parte do teto saiu. Não bastava o terremoto”, disse o prefeito local, Sante Stangoni, que afirmou que espera que as aulas retornem até no máximo “14 de novembro”.
O colégio é frequentado por 135 crianças e uma outra unidade só abrirá no município em 25 de novembro. “Com a chuva destas últimas horas nós corremos o risco de perder o afresco de Madonna in Trono de Paolo Da Visso no Palazzo dei Priori. Ele foi salvo por um milagre nos tremores, mas o mau tempo pode destruí-lo”, afirmou o prefeito da pequena Visso Giuliano Pazzaglini sobre uma das maiores atrações da cidade, que data do século 15.
Já em Norcia, na Úmbria, que também foi afetada pelas chuvas, os bombeiros passaram a tarde e a noite deste domingo melhorando a proteção contra a chuva da basílica de San Benedetto, que teve parte sua desmoronada nos terremotos, com grandes telas de plástico resistentes à água. O objetivo disso é impedir novos desmoronamentos da igreja e também não agravar os seus problemas estruturais.