OMS disse que as ocorrências foram as primeiras de microcefalia no sudeste da Ásia
Reuters
A Tailândia relatou nesta sexta-feira, 30, os primeiros casos confirmados de microcefalia relacionados ao Zika no sudeste da Ásia, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu ações contra o vírus transmitido por mosquitos em toda a região.
A confirmação de dois casos de microcefalia, uma má-formação craniana, aconteceu um dia depois de autoridades de saúde dos Estados Unidos recomendarem que gestantes adiem viagens que não sejam essenciais a 11 países sul-asiáticos por causa do risco do Zika.
“Encontramos dois casos de cabeças pequenas ligados ao Zika, os primeiros casos na Tailândia”, disse Prasert Thongcharoen, conselheiro do Departamento do Controle de Doenças, a repórteres em Bangcoc. Ele não quis dizer em que lugar do país os casos foram encontrados, mas autoridades afirmaram que não foi em Bangcoc.
A OMS disse que as ocorrências foram as primeiras de microcefalia no sudeste da Ásia e que a infecção viral representa uma ameaça séria para as mulheres grávidas e os filhos que estão gestando.
“Países de toda a região precisam continuar a fortalecer medidas voltadas à prevenção, detecção e reação à transmissão do Zika vírus”, disse o doutor Poonam Khetrapal Singh, diretor regional da OMS, em um comunicado.
As autoridades de saúde dos EUA concluíram que as infecções de Zika em gestantes podem causar microcefalia, que pode levar a problemas de desenvolvimento graves em bebês.
A conexão entre o Zika e a microcefalia veio à tona pela primeira vez no ano passado no Brasil, que já confirmou mais de 1.800 casos de microcefalia que acredita estarem relacionados a infecções de Zika nas mães.
O Zika se disseminou amplamente pela América Latina e pelo Caribe aproximadamente durante o último ano, e mais recentemente começou a se manifestar no sudeste asiático.
A Tailândia confirmou 349 casos de Zika desde janeiro, incluindo 33 gestantes, e Cingapura registrou 393 casos, incluindo 16 gestantes.