Meriam havia sido condenada a morte no Sudão por deixar o islamismo e tornar-se cristã. Fato que ela sempre negou, por ter sido educada como cristã desde a infância
Da redação, com Rádio Vaticano
A sudanesa Meriam Ibrahim Ishag, que havia sido condenada à morte em seu país por ser cristã, chegou nesta sexta-feira, 1º, aos Estados Unidos e foi recebida pelo Prefeito da Filadélfia, Michael Nutter.
De acordo com a imprensa estadunidense, Nutter definiu Meriam como uma “combatente pelas liberdades mundiais” e a comparou a Rosa Parks, a mulher que se tornou símbolo do movimento pelos direitos civis dos negros no país, após ter se recusado a ceder seu lugar no ônibus a um homem branco no Alabama.
Antes de chegar aos EUA, Meriam, de 26 anos, visitou a Itália, onde foi recebida pelas autoridades políticas locais e pelo Papa Francisco, no Vaticano. Ela está acompanhada de seu marido e seus dois filhos.
Meriam foi detida no Sudão pelo crime de “apostasia”, já que teria renunciado ao Islã em nome do Cristianismo, o que ela sempre negou afirmando que nunca foi muçulmana. Na cadeia, em maio deste ano, Meriam deu à luz a uma menina chamada Maya. Em 23 de junho, um tribunal ordenou sua libertação.
A Itália conduziu as negociações para que o governo do Sudão libertasse a jovem e a autorizasse a deixar o país.