No local da posse, havia apenas há manifestações favoráveis ao governo de Nicolás Maduro; parte da comunidade internacional expressou rejeição à constituinte
Da redação, com Ansa
Apesar das intensas críticas de governos de diversos países, a Assembleia Constituinte tomou posse na Venezuela nesta sexta-feira, 4. A ex-chanceler do país, Delcy Rodríguez, foi eleita pelos 545 novos representantes como a presidente da Assembleia que terá a missão de reescrever a Carta Magna do país sul-americano.
Como primeiro vice-presidente, foi eleito Aristóbulo Istúriz e o segundo vice-presidente será Isaías Rodríguez. “Juro por nossa Constituição defender a Pátria de qualquer agressão e ameaça e defender de frente esse corpo de paz”, disse Rodríguez ao ser empossada.
Durante sua fala, a ex-ministra das Relações Exteriores de Nicolás Maduro destacou ainda que os novos representantes foram eleitos “não para destruir a nossa Constituição, mas para tirar do caminho todos os obstáculos e arbitrariedades ditatoriais que têm impedido exercer a validade material da nossa Constituição”. “Viemos para defendê-la, viemos para aprofundá-la, para renová-la”, acrescentou.
Para fazer a posse dos 545 representantes eleitos em um pleito que recebeu dezenas de acusações de fraude, centenas de militares venezuelanos fecharam o acesso ao Parlamento. No entanto, perante o local, apenas há manifestações favoráveis ao governo de Maduro.
A cerimônia ocorreu no mesmo local em que a Assembleia Nacional, que é dominada pela oposição e que foi eleita em 2015, atua. No entanto, desde o início de 2016, os poderes dos legisladores foi retirado por Maduro.
A votação da Assembleia Constituinte foi rejeitada por praticamente todos os países americanos, além da União Europeia e até do Vaticano. Desde que foi convocada, a oposição faz protestos diários contra Maduro e já foram registradas mais de 125 mortes desde o dia 1º de abril.
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