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Espanha

Senadora ex-comunista converte-se ao cristianismo e deixa cargo

A senadora mais votada na história da Câmara alta espanhola, em representação dos socialistas catalães por Barcelona,  Mercedes Aroz, anunciou sua conversão ao cristianismo e o abandono de sua cadeira, por incompatibilidade com a atual política de seu partido, ainda que seguirá como militante de base, segundo informou o jornal «La Vanguardia» em 30 de novembro passado, difundindo uma nota da agência Europa Press.

Mercedes Aroz, com mais de um milhão e meio de votos, ostenta o recorde absoluto para representar os cidadãos na câmara alta. A ex-senadora foi marxista ortodoxa durante décadas, afiliou-se ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) em 1976, e provinha de uma formação de ultra-esquerda, a Liga Comunista Revolucionária. 

No Partido Socialista da Catalunha (PSC), fez parte da direção política durante 18 anos e do Comitê Federal do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). 

Agora anunciou que deixa a cadeira e que a razão é sua conversão ao cristianismo, um processo que levou vários anos.

Mercedes que como cristão sua postura se choca com as leis do Governo, "Meu atual compromisso cristão me levou a discrepar com determinadas leis do Governo que chocam frontalmente com a ética cristã, como a regulação dada à união homossexual ou a pesquisa com embriões, e que em consciência não pude apoiar. Em conseqüência, impunha-se a decisão que tomei", afirma em seu comunicado.

Já em junho de 2005, Mercedes Aroz anunciou sua oposição à lei socialista do matrimônio homossexual, como publicou em seu momento "Fórum Libertas", quando se debateu no Senado.

Os senadores socialistas Mercedes Aroz e Francisco Vázquez – ex-prefeito de La Coruña, hoje embaixador ante a Santa Sé e católico praticante – se ausentaram durante a votação no Senado e ambos falaram contra a lei.

Segundo informa «Fórum Libertas», os senadores do Partido Popular (126), quatro de Convergência e União e um regionalista aragonês, votaram contra a citada lei; só 119 parlamentares apoiaram o texto. Portanto, o Senado vetou o matrimônio homossexual.

Mas o peculiar sistema bicameral espanhol, indica «FórumLibertas» permitiu que o Congresso dos Deputados, com maioria socialista, ignorasse o veto dos senadores, e assim se aprovou uma lei criticada pelo Conselho de Estado (ditame 2628/2004), a Real Academia de Legislação e Jurisprudência, o Conselho Geral do Poder Judicial, 700.000 assinaturas avaliadas pela Junta Eleitoral Central e uma manifestação 700.000 pessoas em Madri.

Mercedes Aroz disse, em declarações ao Europa Press: "Eu quis tornar pública minha conversão para sublinhar a convicção da Igreja Católica de que o cristianismo tem muito a dizer aos homens e mulheres de nosso tempo, porque há algo mais que a razão e a ciência. Através da fé cristã, chega-se a compreender plenamente a própria identidade como ser humano e o sentido da vida". 

Segundo informam os citados meios, já faz uns anos que Mercedes Aroz estava se aproximando à fé cristã, segundo testemunhas muito próximas em sua própria família. Com a chegada do atual presidente ao poder, José Luis Rodriguez Zapatero, a senadora Aroz fez esforços por estender pontes entre a Igreja e a linha inicial de governo «zapaterista», marcada por leis como a citada.

Ela escreveu cartas ao primeiro-ministro, com sugestões e propostas de cooperação com a Igreja. Quase esgotada a legislatura, ante a aprovação de leis incompatíveis com sua nova visão cristã, Mercedes Aroz decidiu anunciar o que é o resultado de um longo itinerário de maturidade da fé.

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