Equipes de resgate seguiram por três dias consecutivos de buscas, mas não encontraram sobreviventes após a explosão que tirou a vida de 190 pessoas
Da redação, com Reuters
Equipes de resgate que cavaram pelos escombros de um prédio em Beirute pelo terceiro dia consecutivo neste sábado, 5, disseram que não havia mais esperança de encontrar alguém com vida mais de um mês depois de uma forte explosão na região portuária que destruiu a capital do Líbano.
Cerca de 50 equipes de resgate e voluntários, incluindo uma equipe de especialistas do Chile, trabalharam por três dias para localizar qualquer pessoa após sensores detectaram sinais de respiração e calor na sexta-feira, 4.
“Tecnicamente falando, não há sinais de vida”, disse Francisco Lermanda, chefe do grupo de resgate voluntário Topos Chile, em uma entrevista coletiva na noite de sábado, 5, acrescentando que os especialistas vasculharam 95% do prédio destruído.
Os sinais de vida detectados nos últimos dois dias, segundo Lermanda, foram respirações de outros resgatadores já dentro do prédio captados por seus equipamentos sensíveis. Ele disse que os esforços agora se concentrariam em limpar os escombros e encontrar os restos mortais.
A explosão de 4 de agosto matou cerca de 190 pessoas, feriu mais 6 mil e devastou bairros inteiros. As autoridades realizaram cerimônias na sexta-feira para marcar um mês desde que a explosão atingiu uma cidade que já se recuperava de uma crise econômica devastadora.
Os esforços de resgate dominaram as mídias locais e sociais, enquanto os libaneses estavam paralisados, desesperados por um milagre.