Testemunha dos anos difíceis da ocupação nazista relembra, com alegria, o fim, há 75 anos, da Segunda Guerra Mundial
Da redação, com Reuters
Então, um garoto de apenas 15 anos de idade, na Alemanha nazista, durante os dias derradeiros do fim da Batalha de Berlim, em 1945, Guenter Boehm relembra com alívio quando os soldados alemães desapareceram e o som dos disparos das armas também.
“Acima de tudo, esse sentimento de que a guerra acabou foi maravilhoso”, disse Boehm, agora com 90 anos.
Nesta quinta-feira, 8, a Alemanha celebra o 75º aniversário do que, hoje, é conhecido como “Dia da Libertação”, com a derrota da Alemanha nazista e o término da Segunda Guerra Mundial.
“Os soldados, nossos soldados alemães, desapareceram e nenhum tiro foi disparado”, explicou Boehm, lembrando-se do barulho assustador da batalha que incluía o som ensurdecedor de vários lançadores de foguetes do Exército Vermelho.
Boehm cresceu no leste de Berlim, mas se mudou para o lado oeste antes de o Muro de Berlim, a linha de frente da Guerra Fria na Europa por quase três décadas, ter sido construído em 1961.
Como seus pais, Boehm disse que nunca mais queria viver algo tão terrível quanto a Segunda Guerra Mundial.
A sangrenta Batalha de Berlim, na qual tanques, artilharia e infantaria do Exército Vermelho lutaram rua a rua em abril e maio de 1945, reduziu a capital nazista a escombros. Apesar do alívio, porque os combates e a destruição haviam terminado, muitos alemães perceberam que seu país havia sido destruído e temiam a chegada do Exército Vermelho Soviético.
“Ninguém esperava que veríamos 75 anos sem guerra e isso, de fato, é um presente”, ressalta Boehm.