O Bispo responsável pelas meditações explica que assim como São José foi protetor de Jesus e Maria, todos são chamados a ser protetores do ser humano
Da Redação com Rádio Vaticano
Dom Renato Corti, autor do texto da Via-Sacra deste ano no Coliseu de Roma, se inspirou na primeira homilia do Papa Francisco que se refere a São José, custódio de Maria e Jesus, para as meditações da oração.
O bispo-emérito de Novara, cidade do norte da Itália, explicou que a palavra-chave do texto é custódia, custodiar.
“Lembrei-me, em particular, da passagem em que o Papa fala que a Cruz é o vértice luminoso do amor de Deus que nos protege. Nós também somos chamados a ser custodios, por amor ao ser humano”.
Injustiças
O bispo expressa um pensamento particular sobre a família, inserindo uma oração para os trabalhos do Sínodo dos Bispos a fim de que sejam acompanhados pela misericórdia e pela verdade.
“Dei sugestões úteis para a vida eclesial e recordei também alguns fatos graves que acontecem em nossa sociedade e caminham na direção oposta ao custodiar, como o mal perpetrado contra os jovens, a injustiça, o abandono dos pobres, e a falta dos pilares da paz recordados por São João XXIII”, disse Dom Corti.
O bispo fala também no texto sobre a pena de morte que deve ser abolida, sobre a tortura que deve ser cancelada, sobre a falta de humanidade em relação aos inocentes e pessoas que são mortas brutalmente, e sobre o tráfico de pessoas.
Crianças-soldado
“Lembrei-me também das experiências bonitas de quem leva a esperança, como as missionárias que recuperam as crianças-soldado, dando-lhes novamente a dignidade. Brutalidade, violência e ódio. Esta situação internacional difícil e obscura para o futuro nos leva a entender com clareza, que o Evangelho é o que tem de melhor para o ser humano e não há nada que defenda o ser humano como o Evangelho. Ter encontrado Jesus Cristo é um grande tesouro”, disse.
Segundo Dom Corti, este é um tempo terrível, mas também iluminador que deve ser valorizado em termos de impulso e coragem da parte dos cristãos que em várias partes do mundo dão testemunho de fé até o martírio.